Publicado 01/06/2023 11:31
O consumo per capita de leite, estimado anteriormente em 150 litros por ano no Brasil, não ultrapassa os 128 litros, incluindo seus derivados (leite em pó, queijos, requeijão, iogurte, leite fermentado e outros produtos lácteos). A conclusão é da Associação Brasileira dos Produtores de Leite, após recálculo com base em dois estudos — Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, e estudo especial Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil, ambos divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com estatísticas da International Dairy Federation (IDF), a diferença no consumo de leite líquido é ainda maior quando o Brasil é comparado a outros países. Enquanto que no Brasil é de 47,6 litros por ano, os uruguaios bebem, em média, 74,2 litros, e os norte-americanos superam os brasileiros, contabilizando 81,9 litros anuais.
De acordo com estatísticas da International Dairy Federation (IDF), a diferença no consumo de leite líquido é ainda maior quando o Brasil é comparado a outros países. Enquanto que no Brasil é de 47,6 litros por ano, os uruguaios bebem, em média, 74,2 litros, e os norte-americanos superam os brasileiros, contabilizando 81,9 litros anuais.
O leite foi a bebida mais comprada em 2002-03. Os refrigerantes assumiram esse posto em 2017-18. A renda teve papel importante na mudança: quem consome mais alimentos ultraprocessados tende a aumentar também a ingestão dessas bebidas. Um em cada cinco brasileiros (19%) adultos que vivem nas capitais brasileiras consomem refrigerante ou sucos artificiais todos os dias, informou o Ministério da Saúde.
Famílias com menor renda dobraram as compras de bebidas ultraprocessadas neste período: de 46 para 91 ml, tendência inversa àquela vista entre os lares com maior poder aquisitivo, aponta a pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo.
Pelos cálculos do IBGE, nos últimos 12 meses, o leite longa vida subiu 18%. E o leite em pó, quase 20%. A disparada do leite também fez subir o preço dos seus derivados, em um ano, a alta da manteiga passou de 17%, valor parecido com o aumento do iogurte; o leite condensado subiu mais de 30%; e queijo, para muitos, virou artigo de luxo.
Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada em negócios internacionais, explica que ''a precificação do leite não depende apenas do desejo do estabelecimento em lucrar mais. A alta dos combustíveis e a escassez da oferta de grãos, agravada pelo conflito na Ucrânia, impactam no valor final do alimento”.
O aumento da demanda por um determinado produto interfere diretamente no seu valor. E essa não é uma realidade exclusiva do Brasil. Problemas internacionais como a crise dos fertilizantes e a escassez de grãos afetam diretamente a alimentação das vacas, o que interfere no custo do leite”, afirma o especialista.
O Brasil encontra-se abaixo no ranking de produção de leite em comparação aos outros países desenvolvidos. O consumo por pessoa é de 166 litros de leite ao ano, já a média dos outros países é de 250 até 300 litros. Desta quantidade, somente 66 litros são produzidos aqui no país, e o restante é por meio de exportação.
A pecuária do leite é a única atividade presente em 99% das cidades brasileiras e uma das principais praticadas por pequenos e médios produtores. Mais da metade do leite produzido no país vem de propriedades de agricultura familiar, que se enquadram na Lei 11.326 de 2006.
As circunstâncias do mercado externo ajudam o consumidor a entender o que pode acontecer com os preços dos produtos e se haverá uma variação nos valores. ‘’Não somente a agricultura, mas todas as esferas de consumo dependem da importação, dependem dos combustíveis. Manter-se informado sobre esses processos permite compreender que se há choque em alguma parte da produção, mesmo parecendo distante, o consumidor sentirá a diferença nos preços’’, disse o diretor da Efficienza.
Famílias com menor renda dobraram as compras de bebidas ultraprocessadas neste período: de 46 para 91 ml, tendência inversa àquela vista entre os lares com maior poder aquisitivo, aponta a pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo.
Pelos cálculos do IBGE, nos últimos 12 meses, o leite longa vida subiu 18%. E o leite em pó, quase 20%. A disparada do leite também fez subir o preço dos seus derivados, em um ano, a alta da manteiga passou de 17%, valor parecido com o aumento do iogurte; o leite condensado subiu mais de 30%; e queijo, para muitos, virou artigo de luxo.
Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada em negócios internacionais, explica que ''a precificação do leite não depende apenas do desejo do estabelecimento em lucrar mais. A alta dos combustíveis e a escassez da oferta de grãos, agravada pelo conflito na Ucrânia, impactam no valor final do alimento”.
O aumento da demanda por um determinado produto interfere diretamente no seu valor. E essa não é uma realidade exclusiva do Brasil. Problemas internacionais como a crise dos fertilizantes e a escassez de grãos afetam diretamente a alimentação das vacas, o que interfere no custo do leite”, afirma o especialista.
O Brasil encontra-se abaixo no ranking de produção de leite em comparação aos outros países desenvolvidos. O consumo por pessoa é de 166 litros de leite ao ano, já a média dos outros países é de 250 até 300 litros. Desta quantidade, somente 66 litros são produzidos aqui no país, e o restante é por meio de exportação.
A pecuária do leite é a única atividade presente em 99% das cidades brasileiras e uma das principais praticadas por pequenos e médios produtores. Mais da metade do leite produzido no país vem de propriedades de agricultura familiar, que se enquadram na Lei 11.326 de 2006.
As circunstâncias do mercado externo ajudam o consumidor a entender o que pode acontecer com os preços dos produtos e se haverá uma variação nos valores. ‘’Não somente a agricultura, mas todas as esferas de consumo dependem da importação, dependem dos combustíveis. Manter-se informado sobre esses processos permite compreender que se há choque em alguma parte da produção, mesmo parecendo distante, o consumidor sentirá a diferença nos preços’’, disse o diretor da Efficienza.
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