Na entrega de unidades do Minha Casa, Minha Vida, Lula voltou a cobrar queda da SelicRicardo Stuckert/PR
Publicado 17/06/2023 14:32
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste sábado, 17, em cerimônia em Abaetetuba, no Pará, que a inflação "seguirá baixando", e isso deve colaborar com a retomada do crescimento econômico.
As declarações do presidente foram dadas às vésperas da reunião do comitê de política monetária do Banco Central para discutir a nova taxa básica de juros da economia, a Selic, marcada para quarta-feira, 21. Apesar da queda da inflação registrada na última medição do IBGE, no entanto, a expectativa de alguns analistas do mercado é a manutenção do índice em 13,75%.
"Eu disse que o preço da gasolina ia baixar. Do diesel, da carne, dos alimentos, também. Já estão baixando e vão baixar mais ainda. E vamos diminuir a inflação e gerar mais empregos. A roda gigante da economia vai girar", disse durante entrega de 222 unidades habitacionais do Residencial Angelin, em Abaetetuba (PA).
Na mesma cerimônia, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), fez novas críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e à taxa de juros do país.
"Só falta agora o resquício bolsonarista lá no Banco Central, o tal do Roberto Campos Neto, começar a baixar a taxa de juros que ninguém segurará este país", disse Randolfe, durante evento. "Iremos crescer, sobretudo para dar dignidade aos brasileiros", acrescentou.
As projeções feitas semanalmente pelos analistas de mercado para a inflação voltaram a cair enquanto as expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) estão em alta, segundo o Boletim Focus. Após a queda do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em maio (0,23%), a previsão para a inflação oficial deste ano na Focus caiu de 5,69% para 5,42%.
No PIB, as projeções subiram de 1,68% para 1,84%, contra 1,02% há um mês. Lula afirmou que sua eleição se deve ao "povo pobre trabalhador", não à elite brasileira. "Eu governo para 215 milhões de brasileiros e brasileiras, mas serão as pessoas mais humildes, vulneráveis que merecem atenção do Estado brasileiro, da prefeitura e dos governadores", disse.
Minha Casa, Minha Vida
Lula afirmou que sua eleição se deve ao "povo pobre trabalhador", não à elite brasileira. "Eu governo para 215 milhões de brasileiros e brasileiras, mas serão as pessoas mais humildes, vulneráveis que merecem atenção do Estado brasileiro, da prefeitura e dos governadores", disse.
"Uma cidade, um estado ou um país em que apenas uma minoria da sociedade tem muito dinheiro e o resto não tem nada é um Estado que tem miséria, fome, desemprego, violência, prostituição e muitas vezes é dominado por coisas que a gente não gostaria", disse. "Mas num país em que, em vez de pouco ter muito dinheiro, se todos tiverem pouco dinheiro, significa progresso, desenvolvimento, consumo, emprego, salário, educação, porque o dinheiro do país precisa circular para que todos possam ter aquilo que eles produzem", acrescentou.
As moradias entregues hoje fazem parte do programa Minha Casa, Minha Vida e beneficiam 888 pessoas que se enquadram na Faixa 1, com renda mensal bruta de até R$ 2.640. O ministro das Cidades, Jader Filho, participou da cerimônia de entrega das chaves.
O Senado aprovou, na terça-feira, 13, a medida provisória (MP) do programa habitacional. A aprovação trouxe de volta um dos programas-símbolos dos primeiros governos do PT. Terá custo de R$ 10 bilhões, bancado pelo Orçamento da União. O objetivo é possibilitar que famílias comprem um imóvel para residir.
No discurso, Lula falou sobre a aprovação no Congresso: "E essas novas casas terão uma sacada. Serão casas um pouco maiores. O conjunto habitacional terá uma biblioteca. E teremos empreendimentos para a classe média."
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