Publicado 31/07/2023 15:42
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) reduziu a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da construção de 2,5% para 1,5% neste ano, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 31. A taxa de juros alta por um período prolongado e a demora nos ajustes do Minha Casa Minha Vida (MCMV) são os principais motivos para o corte da projeção, segundo a CBIC.
Se a previsão se confirmar, isso representará uma desaceleração importante no PIB da construção em 2023 na comparação com 2022, quando o nível de atividade do setor da construção subiu 6,9%. O dado também indica que o PIB da construção deve ter um resultado inferior ao PIB da economia brasileira como um todo, cuja projeção de crescimento para 2023 está em 2,2%.
Em junho, o Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) já haviam cortado a sua projeção para o PIB da Construção em 2023 de 2,5% para apenas 1%, conforme antecipou o Broadcast na ocasião.
Segundo a CBIC, o corte nas projeções foi motivado por um conjunto de fatores, sendo o principal deles a taxa de juros elevados por um longo período. "A taxa de juros elevada é o principal desafio para a Construção sustentar o seu ciclo de crescimento", afirmou a economista-chefe da CBIC, Ieda Vasconcelos.
Se a previsão se confirmar, isso representará uma desaceleração importante no PIB da construção em 2023 na comparação com 2022, quando o nível de atividade do setor da construção subiu 6,9%. O dado também indica que o PIB da construção deve ter um resultado inferior ao PIB da economia brasileira como um todo, cuja projeção de crescimento para 2023 está em 2,2%.
Em junho, o Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) já haviam cortado a sua projeção para o PIB da Construção em 2023 de 2,5% para apenas 1%, conforme antecipou o Broadcast na ocasião.
Segundo a CBIC, o corte nas projeções foi motivado por um conjunto de fatores, sendo o principal deles a taxa de juros elevados por um longo período. "A taxa de juros elevada é o principal desafio para a Construção sustentar o seu ciclo de crescimento", afirmou a economista-chefe da CBIC, Ieda Vasconcelos.
Desde o ano passado, a taxa de juros elevada é apontada como o maior ponto de preocupação por empresários da construção consultados na sondagem oficial da CBIC.
Além disso, a CBIC viu uma demora no anúncio das novas condições do Minha Casa, Minha Vida, que eram esperadas para o começo do ano, mas só foram confirmadas em junho. Os ajustes abrangeram a redução dos juros dentro do programa habitacional, aumento dos subsídios e elevação do teto de preços praticados - medidas que foram muito bem recebidas pelo setor. Com a demora, porém, muitos projetos imobiliários foram adiados ou suspensos, devido à falta de viabilidade financeira.
O nível de atividade da construção nos últimos meses já vinha em queda. O PIB da construção registrou caiu 0,6% no quarto trimestre de 2022 e teve baixa de 0,8% no primeiro trimestre de 2023.
Apesar da redução da projeção de crescimento, a expectativa para o setor
permanece positiva, segundo a CBIC. A visão é que as novas condições do MCMV deem maior dinamismo aos lançamentos de projetos econômicos.
Além disso, o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço acaba de aumentar em 42% o orçamento para o financiamento habitacional neste ano, passando de R$ 68,1 bilhões para R$ 96,9 bilhões. O acréscimo de R$ 28,8 bilhões será voltado para o reforço do MCMV e para a linha de crédito Pró-Cotista. "Isso é muito importante para o mercado, porque proporciona confiança para os lançamentos, sinalizando que não vai faltar recurso", disse Vasconcelos.
A CBIC disse contar com a perspectiva de que o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) seja anunciado em agosto pelo governo federal, contribuindo para dar vazão às obras de infraestrutura.
No caso dos juros, é esperado que o ciclo de redução da taxa de juros comece já neste mês de agosto, com a reunião do Comitê de Política Monetária desta semana. A visão é que o início dos cortes de juros ajude a conter a fuga de recursos da caderneta de poupança e contribuir para a redução das taxas de juros do financiamento imobiliário ao longo dos meses seguintes.
O cenário macroeconômico também tem outros fatores positivos, apontou a CBIC. Exemplo disso é que o FMI aumentou a projeção de crescimento do PIB Brasil de 0,9% para 2,1%. Outra notícia positiva foi a elevação da nota de crédito do Brasil por duas agências de classificação de risco - a Fitch em julho, e Standard & Poors, em junho.
Além disso, a CBIC viu uma demora no anúncio das novas condições do Minha Casa, Minha Vida, que eram esperadas para o começo do ano, mas só foram confirmadas em junho. Os ajustes abrangeram a redução dos juros dentro do programa habitacional, aumento dos subsídios e elevação do teto de preços praticados - medidas que foram muito bem recebidas pelo setor. Com a demora, porém, muitos projetos imobiliários foram adiados ou suspensos, devido à falta de viabilidade financeira.
O nível de atividade da construção nos últimos meses já vinha em queda. O PIB da construção registrou caiu 0,6% no quarto trimestre de 2022 e teve baixa de 0,8% no primeiro trimestre de 2023.
Apesar da redução da projeção de crescimento, a expectativa para o setor
permanece positiva, segundo a CBIC. A visão é que as novas condições do MCMV deem maior dinamismo aos lançamentos de projetos econômicos.
Além disso, o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço acaba de aumentar em 42% o orçamento para o financiamento habitacional neste ano, passando de R$ 68,1 bilhões para R$ 96,9 bilhões. O acréscimo de R$ 28,8 bilhões será voltado para o reforço do MCMV e para a linha de crédito Pró-Cotista. "Isso é muito importante para o mercado, porque proporciona confiança para os lançamentos, sinalizando que não vai faltar recurso", disse Vasconcelos.
A CBIC disse contar com a perspectiva de que o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) seja anunciado em agosto pelo governo federal, contribuindo para dar vazão às obras de infraestrutura.
No caso dos juros, é esperado que o ciclo de redução da taxa de juros comece já neste mês de agosto, com a reunião do Comitê de Política Monetária desta semana. A visão é que o início dos cortes de juros ajude a conter a fuga de recursos da caderneta de poupança e contribuir para a redução das taxas de juros do financiamento imobiliário ao longo dos meses seguintes.
O cenário macroeconômico também tem outros fatores positivos, apontou a CBIC. Exemplo disso é que o FMI aumentou a projeção de crescimento do PIB Brasil de 0,9% para 2,1%. Outra notícia positiva foi a elevação da nota de crédito do Brasil por duas agências de classificação de risco - a Fitch em julho, e Standard & Poors, em junho.
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