Medicamentos genéricos ampliam fatia do mercadoArquivo / Agência Brasil
Publicado 01/08/2023 16:08
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Levantamento produzido pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos) demonstra que as vendas destes produtos cresceram 3,67% nos primeiros seis meses de 2023, em relação ao desempenho apresentado no mesmo período do ano passado. Os dados compilados foram extraídos da base do IQVIA, instituto que é referência global no monitoramento dos indicadores da indústria. Entre janeiro e junho de 2023 foram comercializadas 979,4 milhões de unidades de medicamentos genéricos frente 944,7 milhões no mesmo período do ano anterior.
As vendas de genéricos da indústria para o varejo movimentaram R$ 8,8 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que representa um desempenho 16,5% superior ao verificado no mesmo período de 2022, quando registraram R$ 7,5 bilhões.
"Os genéricos seguem apresentando um crescimento ininterrupto, desde que chegou ao mercado, em 1999. E o segmento continua contribuindo a modernização e expansão dos negócios de diversas empresas que ampliaram sua atuação, marcando presença em segmentos inovadores e de maior complexidade como é o caso dos biossimilares", afirma o presidente executivo da PróGenéricos, Tiago de Moraes Vicente.
Ao comparar o desempenho dos genéricos em relação ao mercado total no período, verifica-se que os genéricos cresceram 3,7% e o restante da indústria apresentou retração de 0,65% em unidades comercializadas. Ao se excluir os genéricos, a performance do restante do mercado foi de queda de 2,97%.
Participação de mercado
O market share do segmento segue evoluindo com consistência. A participação dos genéricos nas vendas totais do setor atingiram a marca inédita de 36,6% das vendas em unidades no primeiro semestre.
Mesmo em um cenário de crescimento apertado das vendas da indústria nos últimos meses, a participação dos genéricos no mercado total de medicamentos apresentou um salto de três pontos percentuais quando observamos a fatia do segmento no mesmo período de 2019, que era de 33,6%.
Os genéricos detém 74% de participação nas vendas de medicamentos para hipertensão, 80,7% entre os produtos para colesterol e 27,6% entre os medicamentos para o controle da diabetes.
Opção econômica
A economia gerada pelos genéricos aos pacientes que optaram pela compra de produtos da categoria, por sua vez, cravou a marca de R$ 19,6 bilhões entre janeiro a junho deste ano, uma evolução de 14,15% em relação à ao primeiro semestre do ano passado, que foi de R$ 17.2 bilhões.
"Estes números validam e certificam os genéricos não apenas como um negócio que deu certo, mas como política pública de acesso bem-sucedida", destaca Vicente. Desde que chegaram ao mercado, em 1999, os genéricos já proporcionaram uma economia total de 260 bilhões de reais.
Com preços no mínimo 35% mais baratos que os produtos de referência, de acordo com a legislação que regula o mercado, os genéricos podem custar até 60% mais em conta, a depender das negociações comerciais entre indústria e varejo.
Para a PróGenéricos. O setor deve fechar o ano com crescimento de 7% a 8% em unidades comercializadas em relação ao resultado de 2022. "Se houver uma melhora no ambiente econômico mais intensa do que a prevista, podemos avançar ainda mais", avalia Vicente.
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