Publicado 02/08/2023 12:46
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participou nesta quarta-feira, 2, de uma sessão solene na Câmara dos Deputados em homenagem ao 106º aniversário de nascimento do economista e ex-deputado federal Roberto de Oliveira Campos, de quem é neto.
Em um discurso breve, o atual dirigente do BC relembrou a trajetória do avô e disse que, ao longo de sua vida pública, Roberto Campos foi um dos principais porta-vozes do pensamento liberal no Brasil.
Campos Neto afirmou ainda que desde a morte do economista, em 2001, o Congresso promoveu diversas alterações legislativas em direção à liberdade econômica e que o avô ficaria contente com aprovação recente, por exemplo, da reforma tributária e da lei de autonomia do Banco Central.
"Considerando o período mais recente, Roberto Campos ficaria contente em saber da aprovação da reforma tributária, especialmente da lei de autonomia do Banco Central, e mais recentemente da modernização da legislação cambial, algo que ele sempre defendeu", disse o presidente da entidade.
Roberto Campos Neto relembrou que seu avô era, inclusive, um dos defensores da autonomia do BC em três dimensões: operacional, administrativa e financeira. "Aprovamos a autonomia com dimensão operacional. E hoje, depois de algum tempo à frente do Banco Central com autonomia operacional, eu vejo a dificuldade que é ter autonomia operacional sem ter autonomia administrativa e financeira", avaliou.
O presidente do BC também reforçou que os trabalhos conduzidos pelo órgão teriam sido exaltados pelo avô. "Como entusiasta da tecnologia, meu avô também ficaria satisfeito com resultados do Pix e do Open Finance, e com trabalhos em andamento para lançamento do real digital no âmbito da agenda de inovação que nós promovemos no Banco Central", afirmou.
O Comitê de Política Monetária (Copom) decide nesta quarta-feira a taxa Selic. Pesquisa do Projeções Broadcast com 88 casas aponta que 62 delas esperam corte na taxa de 0,25 ponto porcentual e 26, de 0,50 ponto.
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