Comerciantes projetam para o segundo semestre uma melhora moderada nas vendas Reprodução internet
Publicado 03/08/2023 11:24
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Os juros altos, que tornam o crédito mais caro e restrito, es elevados índices de inadimplência e endividamento das famílias inibiram o consumo e forma afastaram o consumidor das compras. Estas foram as principais causas do baixo desempenho das vendas do comércio carioca no primeiro semestre deste ano. É o que mostra a pesquisa realizada pelo Clube de Diretores Lojistas (CDLRio) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio), junto a 250 comerciantes da cidade, a respeito da percepção dos negócios e do faturamento nos primeiros seis meses de 2023.
Não bastassem os aspectos econômicos, para 60% dos entrevistados a violência influenciou e afastou o cliente das lojas, principalmente as de bairro. Outros 35% apontaram o comércio ilegal e a desordem urbana como entraves. Já 15% disseram que a excessiva carga tributária e a burocracia prejudicaram os negócios.
De acordo com o presidente do CDLRio e do SindilojasRio, Aldo Gonçalves, para reverter o cenário adverso para o comércio local, o momento exige das entidades representativas da sociedade e do poder público união em torno da recuperação econômica do Rio de Janeiro.
“Hoje, grande parte dos lojistas do Rio luta contra sucessivos revezes, enfrentando dificuldades para manter seus negócios. Assim, para superar adversidades, o apoio do poder público é fundamental, considerando problemas antigos e recorrentes — tanto para coibir a violência e a desordem que afastam os consumidores dos estabelecimentos comerciais, como para criar ambiente favorável aos negócios, reduzindo custos. Nesse sentido, um viés poderia ser a redução da carga tributária e a oferta de incentivos que dessem fôlego financeiro às empresas, estimulando novos investimentos e facilidades para ações empreendedoras. Essas condições poderiam ser interessantes para a recuperação do comércio fluminense, diante da conjuntura de consumo meio morna”, destaca Gonçalves.
Em relação às expectativas para a segunda metade deste ano, o presidente do CDLRio e do SindilojasRio afirma que os lojistas apostam em resultados melhores, ainda que possam vir a ser moderados. Mas isso depende de fatores como a queda da inflação e dos juros; redução dos níveis de da inadimplência das famílias e do combate à violência e à desordem urbana; juntamente com a desejada diminuição de impostos e de custos operacionais.
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