Ministro da Fazenda, Fernando HaddadRafa Neddermeyer/Agência Brasil
Publicado 11/08/2023 18:28
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O início do ciclo de cortes na taxa básica de juros, a Selic, deve aliviar a atividade econômica no país nos próximos meses, apontou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 11, após lançamento do programa Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no Rio de Janeiro.
"O segundo trimestre foi muito difícil para o Brasil. Nós estávamos alertando a autoridade monetária de que não podíamos nos deixar enganar pelo resultado do agronegócio no primeiro trimestre. O agronegócio veio muito forte no primeiro trimestre. Todo mundo comemorou e eu fui aquele que, por dever do oficio, alertei. Esse número é bom, ótimo que venha assim, mas isso é muito restrito a uma área da atividade econômica, as outras estão sofrendo com juro na estratosfera. O juro começou a cair e isso deve desanuviar o horizonte para sempre", apontou Haddad.
As declarações foram dadas em entrevista coletiva, após a cerimônia de lançamento do Novo PAC do governo federal, no Rio de Janeiro. O programa prevê investimentos de R$ 1,7 trilhão, sendo R$ 1,4 trilhão até 2026.
Questionado sobre eventuais novos programas de estímulo ao consumo, Haddad respondeu que espera impacto favorável no consumo das famílias por meio de medidas como a valorização do salário mínimo, o reajuste da tabela do Imposto de Renda, o Desenrola e o Bolsa Família, além da melhora no cenário como um todo, notadas por agências de classificação de risco.
"E agora tendo feito tudo o que foi feito durante o primeiro semestre, que gerou quatro alterações de nota de agências de rating, a principal foi a Fitch, que mudou a nota do Brasil, e os juros acredito que começam a cair. Já está mais ou menos contratada uma queda de 0,5 ponto porcentual a cada reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central). Nós entendemos que isso vai afetar o crédito de maneira gradual", previu.
Haddad afirmou que o governo prevê enviar uma lei de crédito de carbono ao Congresso em agosto.
"E a emissão dos primeiros títulos soberanos verdes e sustentáveis, a nossa previsão é em setembro ou outubro", contou.
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