Secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa PintoDivulgação: PT
Publicado 17/08/2023 10:43 | Atualizado 17/08/2023 10:44
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O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, afirmou nesta quinta-feira, 17, que certamente os efeitos do programa "Desenrola", lançado este mês pelo governo federal, serão sentidos neste ano, e que a segunda fase, que abrange pessoas com renda de até dois salários mínimos, deve ser implantada no final de setembro.

"Certamente sentiremos o efeito do Desenrola este ano, temos mais ou menos 8 milhões de pessoas que tiveram o nome limpo", afirmou o secretário à 'Globonews'.

Ele também frisou que as pessoas com renda de até dois salários mínimos poderão se beneficiar do programa no final de setembro, mês em que deve ser inaugurada uma plataforma do governo que permitirá com que a população renegocie as dívidas com mais facilidade.

"Estamos trabalhando em plataforma que liga credores, Serasa, bancos e a população, e ela faz checagens de dados dos brasileiros utilizando o Dataprev", disse Barbosa.

Ele explicou que, no momento, o governo está fazendo a validação das dívidas junto aos credores, e que a plataforma já foi criada.

"Já criamos a plataforma, ela está pronta. Estamos em uma fase em que estamos batendo os dados dos milhões de créditos do Serasa, do SPC, com os dados dos credores para atualizar o valor de todas as dívidas antes da gente fazer o leilão", detalhou.
"Na sequência, faremos o leilão dessas dívidas para incentivar os credores a oferecerem descontos maiores à população, e assim que esse leilão estiver pronto, no final de setembro, nós abriremos a plataforma para toda a população", enfatizou o secretário de Reformas Econômicas.

Barbosa afirmou que o dinheiro da renegociação vai direto para o balanço dos bancos e dos varejistas, o que ajudará a impulsionar a economia como um todo.

O secretário também criticou os juros dos cartões de crédito, afirmando que "nada justifica, ao nosso ver, juros no cartão de crédito que chegam a 800% ao ano".
"Não tem inadimplência que justifique juros dessa magnitude. O Ministério da Fazenda e o BC têm feito um diálogo desde o início do ano com os bancos e estamos trabalhando para desenvolver medidas que abaixem esses juros", concluiu.

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