São Paulo ampliou a distância do segundo colocado, Santa Catarina, em 2023Divulgação/Governo de SP
Publicado 23/08/2023 09:41
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A edição 2023 do Ranking de Competitividade dos Estados, criado há 12 anos e que será divulgado nesta quarta-feira, 23, mostra uma repetição do aumento da desigualdade dos seus territórios, com os Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste no topo e o Norte e Nordeste no fim da lista.
Além de mais atrasadas, Norte e Nordeste foram as regiões mais afetadas pelo aumento da pobreza acentuado pela pandemia. Em cinco de suas unidades federativas, 10% das famílias vivem abaixo da linha de pobreza. Em 2016, não havia nenhuma nessa condição. Do lado positivo, os Estados em geral avançaram em responsabilidade fiscal.
A classificação no ranking leva em conta pontos distribuídos entre 99 indicadores relacionados a infraestrutura, sustentabilidade social e ambiental, segurança pública, educação, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, capital humano, potencial de mercado e inovação.
São Paulo segue no topo desde o primeiro estudo e, neste ano, aumentou sua pontuação, ampliando a distância do segundo colocado, Santa Catarina, para 5,55 pontos. Em 2022, a diferença era de 3,95 pontos. O Estado melhorou seu desempenho em cinco dos dez pilares, entre os quais solidez fiscal e sustentabilidade social, mas segue patinando no quesito segurança pública, o de maior peso na pontuação do estudo. Nesse item, o Estado se mantém na quarta colocação, atrás de Santa Catarina, Distrito Federal e da Paraíba.
O ranking anual é feito pelo Centro de Liderança Pública (CLP) em parceria com a Tendências Consultoria e a startup Seall, e será apresentado, em Brasília (DF), no Congresso Brasileiro dos Servidores da Administração Pública (Consad), com a presença de ministros, governadores, prefeitos e parlamentares.
Tadeu Barros, diretor-presidente do CLP, vê os resultados do estudo "reverberando a grande desigualdade social e regional do País". Por outro lado, elogia a gestão fiscal dos Estados. "A questão do ajuste fiscal é o grande ponto positivo; é um bom sinal para que no médio e longo prazos a população possa colher frutos sob o ponto de vista de boas políticas públicas tendo recursos para elas", avalia Barros.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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