Publicado 25/08/2023 18:26
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou nesta sexta-feira, 25, que com uma taxa de inadimplência de 0,01%, o BNDES pode correr mais risco. "Temos que correr", disse.
Mercadante defendeu que a instituição se encontra em um momento de mudança, favorecida pela melhora no cenário brasileiro para investimento, com redução da incerteza, devido, entre outros pontos, à tramitação das propostas do novo arcabouço e da reforma tributária. "O Brasil melhorou depois de 18 anos seu rating internacional", citou.
Ele enumerou, entre as iniciativas que o BNDES está trabalhando, a negociação do pagamento da dívida com o Tesouro Nacional. "Já pagamos R$ 270 bilhões do que recebemos. Ano passado foram R$ 72 bilhões que saíram do caixa do BNDES", disse. "O papel do BNDES não é financiar o Tesouro, é financiar a produção, a indústria, a estrutura e o crescimento. É isso que o País precisa", emendou
De acordo com o presidente do banco, a negociação tem como objetivo pagar um último montante de R$ 24 bilhões. Mercadante declarou na sequência que só quer que "o Tesouro desmame do BNDES" para o banco poder financiar o PAC
Ainda sobre as mudanças almejadas pelo BNDES, Mercadante também listou a redução do pagamento de dividendos. "Os bancos públicos não pagam dividendos no mundo", argumentou. "Não pagávamos dividendos, depois passamos a pagar 25% e ano passado, 60%. Queremos voltar aos 25%."
Mercadante participou do Fórum Esfera 2023, no Guarujá, em São Paulo.
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