Mercadante afirmou que as plataformas de streaming destroem empregos no paísAFP
Publicado 30/08/2023 11:57
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São Paulo - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse que a instituição pretende colocar, "o quanto antes", R$ 500 milhões para crédito direto à cultura. Em evento voltado ao setor audiovisual, Mercadante disse também que o país precisa regular a atuação de plataformas de streaming, que, de outra forma, têm efeitos negativos na economia e no meio cultural.
"As plataformas de streaming destroem emprego e renda", disse o presidente do BNDES. "As plataformas estão mudando a economia global e precisam de regulação."
Mercadante afirmou que os países europeus já estão regulando as plataformas de streaming. "O Congresso Nacional precisa olhar o que a União Europeia fez", afirmou. "Não vamos mais ficar de fora da importância que o Brasil tem em relação às plataformas", frisou.
O executivo defendeu a "reserva de tela" — garantia de cotas de produções nacionais nas exibições. "O BNDES vai levar uma delegação à Coreia para estudar políticas de apoio ao audiovisual", contou. "As plataformas precisam contribuir com emprego e renda no Brasil."
Ainda tratando dos incentivos à produção cultural no País, Mercadante disse que o BNDES vai chamar todas as estatais e, também, entidades de do setor privado — Febraban, CNI e Fiesp, entre outros — para discutir o fomento e possíveis contribuições ao setor. "Vamos deflagrar a partir de hoje ampla aliança voltada ao audiovisual."
O presidente do BNDES estimulou as novas produtoras a se unirem para compartilhar custos e ter acesso a equipamentos sofisticados e imóveis.
Mercadante participou nesta quarta-feira, 30, da abertura do Seminário BNDES do Audiovisual Brasileiro, na sede da instituição, no centro do Rio. Também presente ao evento, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, mencionou a necessidade de adoção de cotas de tela e regulação da plataformas digitais, tópicos em debate no Congresso.
O evento contou com as presenças dos atores Fernanda Montenegro e Lázaro Ramos, o cineasta Luiz Barreto; Juca Ferreira, ex-ministro da Cultura; entre outros.
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