Publicado 05/09/2023 17:07
São Paulo - A direção da Anfavea, entidade que representa as montadoras, abriu nesta terça-feira, 5, a apresentação dos resultados mensais do setor destacando a reação do crédito destinado à aquisição de veículos. Em julho, quando o mercado já trabalhava com a perspectiva firme de abertura do ciclo de cortes dos juros básicos, confirmada no início de agosto, o crédito para veículos, nas linhas para pessoa física, subiu 21% na comparação com o mesmo mês de 2022.
Os dados, divulgados pelo Banco Central (BC), foram levados para a entrevista coletiva da Anfavea.
Segundo o presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, a reação do crédito ainda é pequena, mas representa uma sinalização positiva, principalmente quando se considera que a Selic continuará caindo.
Leite fez uma avaliação positiva tanto do resultado da produção em agosto, que subiu 24% no mês após o ajuste de estoques em julho, quanto do desempenho das vendas, que caiu 7,9%, também na margem, mas mostrou o segundo maior volume do ano, apesar do fim dos descontos patrocinados pelo governo.
O presidente da Anfavea informou que nenhuma fábrica parou no mês passado, exceção às montadoras que mantiveram esquemas de produção reduzida, como unidades da General Motors (GM), Renault e Volkswagen. "A ausência de paradas de fábricas é um sinal muito positivo em função do que vivemos nos últimos anos por razões distintas", declarou Leite, referindo-se a paradas ocasionadas ou por falta de peças ou por redução das vendas.
Com a produção e vendas em direções opostas, os estoques de veículos voltaram a subir, chegando a 244,7 mil unidades, ou o suficiente a 35 dias de venda. Um mês atrás, os estoques em pátios de montadoras e concessionárias estavam em 198,8 mil veículos, volume que cobria 29 dias de venda. Apesar de os estoques estarem no maior volume em três meses, Leite pontuou que este nível é bem inferior ao de antes da pandemia.
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