Publicado 18/09/2023 08:41
O ministro de Minas e Energias, Alexandre Silveira, disse neste domingo, 17, que o "o custo da transição (energética) e da salvaguarda do planeta deve ser, neste momento, democratizado no mundo".
Durante a semana, mais de 140 chefes de Estado e de Governo do planeta se reunirão na sede das Nações Unidas, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para discutir, entre outros temas, políticas urgentes contra a mudança climática.
Em entrevista à AFP, Silveira, que apresentou no Plano Nacional de Transição Energética justa e inclusiva do Brasil na ONU, em uma reunião para estimular os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), questionou se existe "verdadeira disposição dos países ricos e desenvolvidos em pagar a dívida com os mais penalizados ao longo da história.
Neste sentido, o ministro exigiu que as nações desenvolvidas que levem a série a transição energética "e crime oportunidades" para os países em desenvolvimento.
Silveira destacou que o Brasil pretende participar na transição energética mundial de "forma muito vigorosa". Mas destacou que esta deve ser "justa e inclusiva", totalmente alinhada com os ODS.
Prioridade aos biocombustíveis
Durante a semana, mais de 140 chefes de Estado e de Governo do planeta se reunirão na sede das Nações Unidas, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para discutir, entre outros temas, políticas urgentes contra a mudança climática.
Em entrevista à AFP, Silveira, que apresentou no Plano Nacional de Transição Energética justa e inclusiva do Brasil na ONU, em uma reunião para estimular os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), questionou se existe "verdadeira disposição dos países ricos e desenvolvidos em pagar a dívida com os mais penalizados ao longo da história.
Neste sentido, o ministro exigiu que as nações desenvolvidas que levem a série a transição energética "e crime oportunidades" para os países em desenvolvimento.
Silveira destacou que o Brasil pretende participar na transição energética mundial de "forma muito vigorosa". Mas destacou que esta deve ser "justa e inclusiva", totalmente alinhada com os ODS.
Prioridade aos biocombustíveis
O ministro destacou a importância dos biocombustíveis para o país. "Os biocombustíveis são para o Brasil como o petróleo para a Arábia Saudita e os países do Oriente Médio. Ou seja, são a nossa grande prioridade", disse em uma entrevista na embaixada brasileira na ONU.
Mas isto não significa que o Brasil vai deixar o petróleo de lado imediatamente, como exigiram milhares de pessoas em uma passeata pacífica para pedir o fim do uso dos combustíveis fósseis, muito poluentes e que são os principais responsáveis pelo aquecimento global.
O governo Lula anunciou recentemente o plano de investir 335 bilhões de reais no setor de petróleo e gás nos próximos anos, o que provocou críticas dos ambientalistas, líderes indígenas e da população que pode ser afetada.
Transição
Mas isto não significa que o Brasil vai deixar o petróleo de lado imediatamente, como exigiram milhares de pessoas em uma passeata pacífica para pedir o fim do uso dos combustíveis fósseis, muito poluentes e que são os principais responsáveis pelo aquecimento global.
O governo Lula anunciou recentemente o plano de investir 335 bilhões de reais no setor de petróleo e gás nos próximos anos, o que provocou críticas dos ambientalistas, líderes indígenas e da população que pode ser afetada.
Transição
O ministro afirmou que não há contradição no fato de o Brasil e o planeta continuarem dependentes do petróleo e do gás, apesar de as energias limpas e renováveis atingirem 88% da sua matriz energética.
O petróleo produzido no Brasil gera "recursos que são utilizados inclusive para financiar saúde e educação" através do Fundo Social. Mas os "números mostram que teremos uma queda na produção de petróleo a partir de 2027", acrescentou.
"Ninguém no mundo consegue precisar em quanto tempo se dará" a transição energética, afirmou Silveira. "Eu volto a dizer, eu volto a insistir na palavra transição. Transição energética não é mudança energética", acrescentou após o anúncio do governo Lula de prosseguir com a exploração de petróleo perto da foz do rio Amazonas.
"Nós queremos fazer isso de forma ambientalmente correta. Nunca se discutiu não cumprir com todas as condicionantes ambientais necessárias e assim pesquisar a região com o mais irrestrito respeito ambiental. Mas não podemos abrir mão de nossa soberania, de conhecer as nossas potencialidades minerais", disse. Além do petróleo, o ministro afirmou que o país vai precisar de cobre e lítio durante a transição energética.
Equilíbrio
O petróleo produzido no Brasil gera "recursos que são utilizados inclusive para financiar saúde e educação" através do Fundo Social. Mas os "números mostram que teremos uma queda na produção de petróleo a partir de 2027", acrescentou.
"Ninguém no mundo consegue precisar em quanto tempo se dará" a transição energética, afirmou Silveira. "Eu volto a dizer, eu volto a insistir na palavra transição. Transição energética não é mudança energética", acrescentou após o anúncio do governo Lula de prosseguir com a exploração de petróleo perto da foz do rio Amazonas.
"Nós queremos fazer isso de forma ambientalmente correta. Nunca se discutiu não cumprir com todas as condicionantes ambientais necessárias e assim pesquisar a região com o mais irrestrito respeito ambiental. Mas não podemos abrir mão de nossa soberania, de conhecer as nossas potencialidades minerais", disse. Além do petróleo, o ministro afirmou que o país vai precisar de cobre e lítio durante a transição energética.
Equilíbrio
"Vamos precisar buscar o equilíbrio entre desenvolvimento econômico com frutos sociais para combater a miséria, desigualdade, gerar oportunidades e sustentabilidade", afirmou Silveira.
"Nós temos que convergir em políticas públicas que sejam adequadas do ponto de vista ambiental, mas que não percam de vista as nossas necessidades imediatas".
O país acaba de lançar o maior programa de descarbonização da Amazônia brasileira, onde vivem 25 milhões de pessoas, que consiste em migrar "180 sistemas isolados" da rede de energia nacional e dependentes de combustíveis fósseis para fontes mais amigáveis ao meio ambiente, recordou o ministro.
Silveira voltou a prometer que o governo será "intransigente" no combate mais severo ao desmatamento ilegal.
"Nós temos que convergir em políticas públicas que sejam adequadas do ponto de vista ambiental, mas que não percam de vista as nossas necessidades imediatas".
O país acaba de lançar o maior programa de descarbonização da Amazônia brasileira, onde vivem 25 milhões de pessoas, que consiste em migrar "180 sistemas isolados" da rede de energia nacional e dependentes de combustíveis fósseis para fontes mais amigáveis ao meio ambiente, recordou o ministro.
Silveira voltou a prometer que o governo será "intransigente" no combate mais severo ao desmatamento ilegal.
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