A ministra Luciana Santos ressaltou a importância do apoio à base industrial de defesaFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Publicado 21/09/2023 18:07
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Os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Defesa e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) firmaram, nesta quinta-feira, 21, parceria para a contratação de 22 projetos de inovação de 25 empresas brasileiras que atuam na área de defesa. No total, os projetos somam R$ 238 milhões em investimentos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para fomentar a inovação na Base Industrial de Defesa. É o maior volume de subvenção econômica já destinado à indústria de defesa pelo FNDCT.
“O fomento à base industrial de defesa permite ao Estado dispor de inovações imprescindíveis para o monitoramento do meio ambiente e das fronteiras, garantindo a segurança das terras indígenas, da população e do território nacional. Além disso, investimentos no complexo de defesa resultam no aumento das exportações de produtos de alto valor agregado e na geração de empregos qualificados, contribuindo para a fixação de talentos no país. É uma indústria em que as empresas atuam em estreita parceria com Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação, especialmente aquelas ligadas às Forças Armadas”, disse a a titular do MCTI, Luciana Santos.
Os projetos foram selecionados pela Finep em edital lançado em junho de 2022 e contemplam diferentes áreas e tecnologias, como propulsão aeroespacial, defesa cibernética e veículos não tripulados. O investimento traz benefícios às Forças Armadas, na medida em que os projetos podem ajudar a aumentar as capacidades de emprego operacional das Forças, visando a contribuir para a garantia da soberania nacional.
Segundo o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, o edital representa um marco histórico para fortalecer a Base Industrial de Defesa, o que vai impulsionar a solução de desafios tecnológicos e reforçar a parceria entre o setor de defesa, indústria e academia. Ele ressaltou ainda que o setor é responsável por 4,8% do PIB brasileiro e 2,9 milhões de empregos de diretos e indiretos no país.
“Nossas empresas de defesa têm contribuído para que o país alcance graus de prontidão e operacionalidade compatíveis com seus desafios. Essas empresas se destacam pelo esforço para ampliar nossa independência e autonomia estratégica. A Base Industrial de Defesa é composta por diversas organizações públicas e privadas, civis e militares, que realizam pesquisas, projetos, desenvolvimento, industrialização de bens e serviços”, frisou.
Política industrial
A iniciativa se alinha a uma das missões estabelecidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) para a elaboração da nova política industrial, que se refere ao incentivo a tecnologias de interesse para a soberania e a defesa nacionais. “MCTI e Finep estão totalmente integrados ao esforço de implementação da nova política industrial. É nesse contexto que anunciamos o maior volume de recursos de subvenção econômica já destinados à indústria de defesa pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico”, concluiu a ministra.
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