Ibovespa finalizou a semana em retração de 2,31% no intervalo, após avanço de 2,99% na anteriorReprodução
Publicado 22/09/2023 18:43
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São Paulo - Com perda na semana concentrada na sessão de ontem, quando cedeu 2,15%, no que foi sua maior queda desde 2 de maio, o Ibovespa fechou a sexta-feira mais acomodado, embora ainda em baixa, de 0,12%, aos 116.008,64 pontos no encerramento, tendo acompanhado de perto as oscilações de sinal em Nova York ao longo do dia.
Assim, finalizou a semana em retração de 2,31% no intervalo, após avanço de 2,99% na anterior. Hoje, oscilou entre mínima de 115.855,48 e máxima de 116.967,50 pontos, saindo de abertura a 116.147,03 pontos.

Após ter subido ontem à casa de R$ 26 bilhões, o giro voltou a se enfraquecer nesta sexta-feira, a R$ 17,7 bilhões. No mês, o Ibovespa ainda mostra leve ganho de 0,23% e, no ano, de 5,72%. Como ontem, e agora perto de ceder o limiar de 116 mil pontos, o nível de fechamento do Ibovespa foi o menor desde 8 de setembro, então aos 115.313,40 pontos.

Mais cedo, o índice da B3 esboçava sinal positivo na sessão, acompanhando também Nova York, com os mercados buscando olhar as novas medidas de estímulo na China, de ontem para hoje. Tais iniciativas, contudo, foram um contraponto modesto a uma semana dominada por sinais firmes das autoridades monetárias globais, em especial nos Estados Unidos, com relação à condução dos juros - o que reforçou a cautela dos investidores em direção ao fim da semana, reduzindo o apetite por ativos de risco, como ações, em Nova York como também em São Paulo.

Em Nova York, após terem oscilado entre leves ganhos e perdas ao longo da tarde, os principais índices se firmaram em baixa em direção ao fechamento: Dow Jones -0,31%, S&P 500 -0,23%, Nasdaq -0,09%. Na semana, os três índices acumularam perdas, respectivamente, de 1,89%, 2,93% e 3,62%, com a perspectiva, reiterada pelo Federal Reserve na quarta-feira, de que os juros americanos seguirão altos por mais tempo.

"Nesta última sessão da semana, o mercado tinha expectativa para mudança na política monetária do Japão, que acabou não vindo. Na Europa, a atenção se concentrou em novas leituras de índices de atividade (PMIs), que se mostraram mistos. Aqui, de manhã, houve fechamento interessante na curva de juros brasileira, especialmente em vencimentos mais longos, como os de 2029 e 2033, em dia também mais acomodado para os rendimentos dos Treasuries. Esse movimento nos juros tende a contribuir para a Bolsa", diz Helder Wakabayashi, analista da Toro Investimentos.

O Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira mostra um quadro equilibrado nas expectativas para as ações no curtíssimo prazo. Metade dos participantes acredita que a Bolsa terá ganhos na próxima semana, enquanto os outros 50% preveem estabilidade. Pela terceira edição consecutiva, nenhuma das respostas indica queda. No levantamento anterior, 57,41% esperavam alta e 42,86%, variação neutra.

Na B3, o desempenho levemente positivo, nos melhores momentos desta sexta-feira, era puxado pelas ações de Petrobras, que perderam parte da força no fechamento (ON +0,73%, PN +0,80%), em reação a moderado avanço das cotações do petróleo nesta última sessão da semana - ao fim, o desempenho do dia foi misto para a commodity, que acumulou perda inferior a 1% na semana, no Brent como no WTI.

"Entre as commodities, o petróleo continua se destacando, após a notícia de que a Rússia decidiu proibir exportações de combustíveis do tipo diesel e gasolina", observa em nota a Guide Investimentos.

Vale ON subiu hoje 0,74%, espelhando a alta de 0,87% para o contrato de minério de ferro mais negociado em Dalian, na China. Entre os grandes bancos, o desempenho foi majoritariamente negativo, à exceção de Bradesco ON (+0,08%) e BB ON (+0,17%). Na ponta do Ibovespa, BRF (+3,21%), Carrefour Brasil (+2,81%) e RaiaDrogasil (+2,12%). No lado oposto, Grupo Casas Bahia (ex-Via), em baixa de 8,11%, seguido por Magazine Luiza (-4,68%) e Vamos (-3,96%).
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