Fernando Haddad, ministro da EconomiaFabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Publicado 11/10/2023 17:50
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O Brasil se colocou como um mediador da agenda de desafios globais ao assumir a presidência do G20, em 1º de dezembro, em meio a um momento econômico crítico, maior fragmentação geopolítica, risco de crises de dívida e a fraqueza dos organismos multilaterais. O recado foi dado no posicionamento do País ao Comitê do Fundo Monetário Internacional (IMFC, na sigla em inglês), assinado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e publicado nesta quarta-feira, 11.
"A crescente fragmentação geoeconômica, um multilateralismo enfraquecido, uma crise de dívida iminente em vários países do Sul Global, a pobreza e a fome persistentes, o aumento da riqueza e da desigualdade de rendimentos, e a crise climática representam riscos negativos significativos para a economia global", alerta Haddad, no documento, que cobra ainda determinação dos bancos centrais frente a esses desafios.
De acordo com ele, as prioridades do Brasil ao assumir a presidência do G20 estão relacionadas a esses desafios. Ao colocar o País como possível intermediador dos problemas globais, o ministro afirma que o objetivo é ajudar a construir "o consenso tão necessário" sobre as "questões prementes" da agenda global, aproveitando o seu histórico de diálogo com diferentes países.
"O Brasil tem uma longa tradição de facilitar o diálogo e o consenso entre diferentes grupos de países", destaca o ministro.
Segundo ele, o G20 é um fórum global com a capacidade de promover o multilateralismo do século 21.
No entanto, as soluções mundiais necessárias só serão encontradas a partir de diálogo para além de países com visões semelhantes, diz.
"O mundo precisa recuperar a fé em soluções multilaterais", reforça Haddad, que trouxe como uma das pautas em sua estreia nas reuniões anuais do FMI justamente a necessidade da reforma de organismos multilaterais.
O ministro também detalha o foco do Brasil ao presidir o G20: trabalhar para promover a inclusão social e combater a fome e a pobreza em todo o mundo. Outro foco é na agenda de transição energética e de desenvolvimento voltado às frentes social, econômica e ambiental.
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