Publicado 08/11/2023 10:57
Almoçar fora de casa no Rio de Janeiro não é uma escolha barata. Conforme um levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador, o preço médio desta opção é de R$ 53,90, representando um aumento de 14,5% em relação a 2022.
Comparado às outras capitais da região, o Rio é a mais cara para comer em restaurantes. São Paulo-SP, que teve um aumento de 22,8%, apresenta um preço médio de R$ 53,12. Vitória-ES, com um preço médio de R$ 48,79, apresentou um aumento de 23%.
Quem destoa nesta lista é a capital de Minas Gerais. Belo Horizonte foi a única desta cidades que apresentou queda no valor (- 11,2%). O preço médio do almoço fora de casa no município é de R$ 32,69, mais de R$ 20 mais barato que Rio de Janeiro e São Paulo, e se consagrando como a capital mais barata do Brasil neste quesito.
A dupla Rio-São Paulo é, respectivamente, a segunda e terceira capitais mais caras do Brasil. As metrópoles perdem somente para Florianópolis, com um preço médio de R$ 56,11. A média brasileira é de R$ 46,60.
A média é composta pelos valores médio de comida a la carte (R$ 80,48), prato executivo (R$ 50,51), buffet à quilo (R$ 43,24) e prato feito (R$ 34,30).
Por que houve aumento?
Ricardo Contrera, sócio-diretor da Mosaiclab, empresa de inteligência de mercado, destaca que, apesar da alta nos preços, os estabelecimentos têm feito um grande esforço para enfrentar as oscilações da economia. Entretanto, uma série de reajustes como os dos combustíveis, gás de cozinha, energia elétrica e aluguel comerciais, obrigam o comércio a se adaptar para não ter grandes prejuízos e inviabilizar seus negócios.
A alta da taxa de juros também influencia diretamente os preços nos restaurantes, explica ele. ''O aumento de preços das refeições é diferente de acordo com a realidade local. Vários fatores podem influenciar tais como hábitos de consumo, dos impostos, do frete, do clima e de outros indicadores'', afirma Contrera.
O cenário econômico pós-pandemia também se reflete nos preços. ''Na pandemia, boa parte dos estabelecimentos ficaram 'fechados', atendendo basicamente via delivery. Muitos reduziram seu quadro de pessoal, mas tiveram que arcar com as altas taxas de entrega'', destaca Contrera. ''Com o retorno do atendimento presencial, o que envolve manutenção do espaço físico e recontratação de profissionais para o atendimento, exigindo novos investimentos'', avalia.
A pesquisa mostra o percentual de estabelecimentos que oferecem o sistema de delivery, que era de 41% em 2019, passou a 60% em 2022 e em 2023 está em 44%, pouco acima dos níveis pré-pandemia.
A alta da taxa de juros também influencia diretamente os preços nos restaurantes, explica ele. ''O aumento de preços das refeições é diferente de acordo com a realidade local. Vários fatores podem influenciar tais como hábitos de consumo, dos impostos, do frete, do clima e de outros indicadores'', afirma Contrera.
O cenário econômico pós-pandemia também se reflete nos preços. ''Na pandemia, boa parte dos estabelecimentos ficaram 'fechados', atendendo basicamente via delivery. Muitos reduziram seu quadro de pessoal, mas tiveram que arcar com as altas taxas de entrega'', destaca Contrera. ''Com o retorno do atendimento presencial, o que envolve manutenção do espaço físico e recontratação de profissionais para o atendimento, exigindo novos investimentos'', avalia.
A pesquisa mostra o percentual de estabelecimentos que oferecem o sistema de delivery, que era de 41% em 2019, passou a 60% em 2022 e em 2023 está em 44%, pouco acima dos níveis pré-pandemia.
Metodologia
A pesquisa avaliou os valores praticados pelos restaurantes, lanchonetes e padarias que aceitam o benefício-refeição como forma de pagamento em quatro categorias: comercial (o popular “prato feito”), autosserviço (sistema self-service por quilo ou buffet a preço fixo), executivo (oferece sempre um cardápio do dia em promoção) e a la carte (consumidor escolhe o prato que será preparado na hora). Para os restaurantes por quilo foi considerado o valor de 500g da refeição e 200g da sobremesa.
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