Mercado de trabalho levará 167 anos para ser igualitário entre brancos e negros, segundo o estudoReprodução/Internet
Publicado 17/11/2023 17:42
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O Instituto Identidades do Brasil (ID_BR), organização sem fins lucrativos, realizou um estudo com a finalidade de evidenciar as desigualdades no mercado de trabalho brasileiro, resultando em uma previsão sobre quando a igualdade racial poderá ser alcançada, caso as políticas governamentais e as ações das empresas não sejam aceleradas. A estimativa apontou que o cenário do mercado de trabalho do Brasil só deve se tornar mais igualitário por volta de 2190. Isso significa que levará 167 anos, a partir de 2023, para que a oportunidade entre pessoas negras e brancas se equilibre.

O estudo empregou técnicas como revisão de literatura, análise de conteúdo, análise de dados quantitativos, análise de séries temporais e inferências através de modelos econométricos. Fontes de dados como o Censo Demográfico, PNAD Contínua do IBGE, Rais e Caged foram essenciais para analisar a dinâmica do mercado de trabalho, levando a conclusões fundamentadas sobre a necessidade de intervenções eficazes.

A análise é representada por gráficos e mapas que ilustram a extensão e a persistência da desigualdade racial no mercado de trabalho brasileiro; métodos econômicos e matemáticos para prever quando a igualdade racial poderá ser alcançada com base em dados históricos; e análise dos mercados de ESG (Ambiental, Social e Governança) e D&I no Brasil e no mundo, destacando desafios e tendências; revisa estudos internacionais e nacionais que mensuram o impacto de ambientes de trabalho diversificados e inclusivos em aspectos como finanças, produtividade e inovação; e, por fim, propõe medidas públicas e privadas para acelerar a igualdade racial no mercado de trabalho brasileiro.
O mercado de Diversidade e Inclusão (D&I) é identificado como um setor de rápido crescimento, atingindo US 9 bilhões em 2023 e projetando alcançar US 24,3 bilhões em 2030. A crescente conscientização sobre a importância de ambientes de trabalho diversificados e inclusivos está impulsionando essa expansão. Empresas que investem em D&I não apenas contribuem para a justiça social, mas também aumentam a rentabilidade, produtividade, inovação e a capacidade de atrair talentos.
“A desigualdade racial persistente no mercado de trabalho brasileiro é um fenômeno estrutural que requer ação imediata e coordenada", afirma Luana Génot, fundadora e diretora do Instituto Identidades do Brasil. "Este estudo não apenas destaca a urgência de abordar essa disparidade, mas também reforça o papel fundamental das práticas de D&I para criar uma sociedade mais equitativa e ajudar as organizações a atingirem seus objetivos estratégicos", acrescenta.


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