Publicado 07/12/2023 20:32
O lucro líquido do setor de aviação deve atingir US$ 25,7 bilhões (R$ 125,7 bilhões) em 2024, estima a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês). O montante representa alta de 10,3% em relação aos US$ 23,3 bilhões (R$ 114 bilhões) esperados até o final de 2023
O diretor-geral da Iata, Willie Wash, afirma que a associação está "cautelosamente otimista" diante das projeções para o próximo ano. "Os números absolutos são robustos, mas as margens ainda estão abaixo dos níveis pré-pandemia."
A Iata estima que a margem de lucro líquido do setor deve se manter praticamente estável ano contra ano, atingindo 2,7% em 2024, ante 2,6% em 2023.
Como pressões negativas, Walsh citou "regulações onerosas", problemas na cadeia de suprimentos, fragmentação do setor e altos custos de infraestrutura. Na ponta positiva, a expectativa é de que a receita total do segmento aéreo some US$ 964 bilhões (R$ 4,7 trilhões) em 2024, 7,6% maior do que em 2023. O lucro operacional deve crescer 21%, para US$ 49,4 bilhões (R$ 239,8 bilhões).
Em relação à América Latina, estudos da Iata apontam que, apesar de reduzir perdas, os números tendem a seguir no vermelho em 2023 e 2024. Para este ano, a Iata calcula prejuízo líquido de US$ 600 milhões (R$ 2,9 bilhões) para a região, com margem negativa de 1,5%. Em 2024, a projeção é de melhora, ao reduzir o prejuízo para US$ 400 milhões e a margem líquida negativa para 0,8%.
A entidade avalia que, se por um lado alguns mercados têm se mostrado fortes, como o mexicano, outros têm enfrentado desafios econômicos e sociais, que impactam negativamente na performance das companhias aéreas na região. Entre os exemplos negativos, está a Argentina, em meio à crise política e econômica vivenciada pelo país.
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