Nota com os dados de crédito do mês passado passou para o dia 4 de janeiroMarcello Casal Jr/Agência Brasil
Publicado 19/12/2023 10:58
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Devido à operação-padrão dos servidores do órgão, o Banco Central terá pelo terceiro mês consecutivo um atraso na publicação das notas econômico-financeiras mensais. Os dados referentes a novembro, que deveriam ser divulgados nas últimas semanas de dezembro, serão publicados apenas na primeira semana de janeiro.

A nota com estatísticas do setor externo será publicada no dia 3 de janeiro. Já a nota com os dados de crédito do mês passado passou para o dia 4 de janeiro. E a nota de estatísticas fiscais do setor público consolidado mudou para o dia 5 de janeiro.

Da mesma forma, como tem ocorrido nas últimas semanas, os dados referentes ao fluxo cambial entre os dias 11 e 15 de dezembro serão publicados na quinta-feira, 21, e não na quarta-feira, como seria usual.

No dia 1º de novembro, os servidores do BC entraram na terceira fase da operação-padrão do órgão. O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) não descarta a possibilidade de o movimento escalar para uma greve. No ano passado, a categoria chegou a parar por 90 dias por reajuste salarial e reestruturação da carreira, sem qualquer resultado junto ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Neste ano, a regulamentação da lei sobre bônus de produtividade dos auditores fiscais da Receita Federal em junho elevou a insatisfação dos funcionários do BC, que contam com apoio público não apenas de Campos Neto, como dos demais diretores da instituição.
Em operação-padrão desde julho, o movimento já tem afetado diversas divulgações estatísticas da autoridade monetária, e instituições financeiras já sentem a demora no andamento de processos junto ao órgão regulador.

Embora o governo Lula tenha autorizado a realização do primeiro concurso para o BC desde 2013, com 100 vagas, a categoria deseja uma reestruturação da carreira antes da realização do certame. Além do bônus produtividade, os funcionários da autoridade monetária pedem a exigência de ensino superior para o cargo de técnico na autarquia e a alteração de nomenclatura do cargo de analista para auditor.
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