Preços começaram a perder força à tarde, depois que os EUA divulgaram alta nos estoques de petróleoFoto: Reprodução/Internet
Publicado 10/01/2024 17:45
O petróleo fechou em baixa na sessão desta quarta-feira, 10, pressionado pelo salto inesperado nos estoques americanos da commodity. A percepção de demanda fraca se sobrepôs às especulações de aperto da oferta, relacionadas aos conflitos no Mar Vermelho, que haviam impulsionado as cotações pela manhã.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro de 2024 fechou com queda de 1,20% (US$ 0,87), a US$ 71,37 o barril; enquanto o Brent para março, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 1,01% (US$ 0,79), a US$ 76,80 o barril.
Os preços começaram a perder força à tarde, depois que os Estados Unidos divulgaram que seus estoques de petróleo tiveram alta de 1,338 milhão de barris na semana, quando era esperado um recuo de 600 mil.
Antes disso, o óleo subia na esteira do novo ataque dos Houthis a navios no Mar Vermelho - o maior com drones e mísseis até agora. A questão representa riscos à oferta da commodity, já que embute perturbações no fluxo de comércio global e possibilidade de escalada da guerra no Oriente Médio, inclusive com o envolvimento de grandes players do mercado.
"A importância estratégica do Mar Vermelho e do Canal de Suez não pode ser exagerada. Estas rotas não só ligam a Europa aos principais fornecedores da Ásia, mas também facilitam uma parte substancial do transporte mundial de petróleo bruto e produtos petrolíferos", descreveu Frank Holmes, CEO da gestora U.S. Global Investors, em relatório.
Apesar das movimentações recentes, o analista Craig Erlam, da Oanda, pondera que os preços do petróleo estão quase no mesmo patamar em que terminaram 2023. "Permanecem muitas incógnitas no mercado petrolífero, desde a união da OPEP+ até potenciais perturbações no Mar Vermelho e as perspectivas de crescimento para a economia global. Por enquanto, o petróleo continua a ser negociado não muito longe das mínimas que vimos em dezembro", escreveu.
No noticiário, o setor energético acompanhou o anúncio de descoberta "significativa" pela Galp Energia de petróleo na costa da Namíbia - o que tem potencial de elevar a oferta.
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