Publicado 26/01/2024 17:42 | Atualizado 29/01/2024 09:48
O Rio de Janeiro recebeu nesta quinta e sexta-feira, 25 e 26, o Smart Summit Rio, evento dedicado a apresentar as tendências para o mercado de investimentos na cidade. Sediado no espaço Expo Mag, no Centro do Rio, a feira organizada pela Investmart XP contou com 73 expositores, 172 palestrantes e diversas oportunidades de negócios para empresários e consumidores. Entre os destaques, um robô que utiliza inteligência artificial para dar informações sobre o mercado de criptomoedas e um stand que possibilitava investimentos na categoria por apenas R$ 1.
Marcelo Coutinho, diretor executivo de negócios da Be.Smart e um dos organizadores do evento, destacou o crescimento do interesse do público sobre temas ligados à educação financeira. "A feira está crescendo e, neste ano, esperamos receber entre 8 e 9 mil pessoas. Queremos fomentar o networking para conversar e levar conhecimento com nossos clientes sobre empreendedorismo e negócios," afirmou.
Coutinho enfatizou a diversidade de negócios disponíveis no evento. "A nossa feira se conecta a qualquer tipo de cliente, desde consórcio até seguro de vida. Precismos criar a cultura do seguro de vida, por exemplo, para que as pessoas possam ter algum planejamento caso algum problema aconteça. A gente quer levar conhecimento e educação financeira para o cidadão em geral", concluiu.
O evento iniciou esta sexta-feira premiando empresas e profissionais que se destacaram no setor de investimentos no país e em mercados internacionais durante o ano de 2022. O prêmio reconheceu, entre as categorias nacionais, atuações como "Maior produtor em Renda Fixa", "Maior Produtor em Renda Variável", entre outras. Já no exterior foram houve destaque para produtores ligados à XP Internacional, organizadora do evento, como "Maior Produtor Pessoa Jurídica (PJ)" e "Maior Produtor Private", dedicados a clientes com maior potencial de investimento.
O evento contou com a participação do surfista bicampeão de ondas gigantes Carlos Burle, além de Derek Rabelo, também surfista —portador de glaucoma, ficou conhecido por se aventurar no mar de Nazaré, em Portugal. Eles fizeram uma palestra motivacional e debateram a importância da resiliência nos negócios.
Secretário debateu inovação no planejamento das cidades
Em seguida foi a vez de o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Chicão Bulhões, e Marcus Belchior, chefe executivo do Centro de Operações e Resiliência (COR), debaterem com o professor da Escola de Negócios da PUC-Rio Leonardo Lima como as novas tecnologias podem transformar a dinâmica das cidades. O trio também discutiu como estratégias de sustentabilidade e transição energética podem adiar os impactos das transformações climáticas.
"Estamos retomando o protagonismo da cidade perante a economia verde. Existem muito investimentos focados nessa chamada economia verde/azul. Nós estamos olhando à frente da curva e fazendo várias mudanças regulatórias e inverter o crescimento urbano, focado em áreas sem infraestrutura," disse Chicão.
Belchior ressaltou a importância da tecnologia para definir estratégias de atuação do poder público frente às mudanças climáticas. "Em 2010, nós tivemos mudanças climáticas significativas no Rio de Janeiro, também era ano de El Niño. Naquela época, de forte chuvas, nós colocamos todas as agências do estado do rio em um mesmo ambiente e começamos a construir novas estratégias para a cidade. Conseguimos construir protocolos operacionais e construímos grandes parcerias tecnológicas, com o Google, com o Waze e até com a NASA. Para mim, mais que uma cidade inteligente, eu busco uma cidade eficiente", finalizou.
A palestra contou, ao final, com a participação do robô Dr. Metrix, que utiliza inteligência artificial para dar dicas de investimentos. A máquina respondeu a duas perguntas feitas pela plateia.
Empresa oferece investimentos em criptomoedas a R$ 1
Em um dos stands de negócios, o destaque era a possibilidade de o investidor iniciar a trajetória no mercado financeiro com apenas R$ 1. A QR Asset Management anunciou no evento a disponibilização de um fundo de ativos em moedas virtuais acessíveis ao mercado do varejo. De acordo com a empresa, a iniciativa visa oferecer uma opção acessível e inclusiva.
O diretor comercial da QR Asset Management, Murilo Cortina, defendeu a abertura do mercado ao público brasileiro. "Em geral existem muitas barreiras para investimentos, já que ele ainda é muito fechado ao publico em geral. Existem muita insegurança em respeito às corretoras. Por ser um mercado novo, ainda existe muito risco e medo por parte dos clientes", disse.
Segundo Cortinar, o fundo de investimentos em uma empresa nacional pode oferecer credibilidade ao pequeno investidor e a oportunidade de conhecer melhor o mercado. "Quando se falar em criptomoedas, a gente pensa logo nos golpes que são aplicados pelo País. É interessante o cliente verificar se a empresa é certificada com o Conselho de Valores Monetários (CVM) e verificar os balanços e reportes financeiros. ", ressaltou.
O executivo destacou que essa modalidade está em crescimento no País. Ele destacou que a empresa teve uma performance de 85,61% somente neste fundo de criptomoedas no ano passado. "Apesar desse tipo de investimento ser de risco e longo prazo, ele precisa ser confortável ao bolso. O cliente precisa avaliar quanto ele pode destinar para essa modalidade que não vá atrapalhar as despesas", destacou.
Por outro lado, há diversas possibilidades para investidores com alto poder aquisitivo. A Progredir, uma Multi Family Office carioca, tipo de empresa que planeja a vida familiar do cliente ou da família, de acordo com um objetivo estipulado, pretende popularizar esse tipo de investimento.
"Esse tipo já existe há 15, 20 anos no país com ticket médio de R$ 10 milhões. O nosso investimento inicial é de R$ 1 milhão e, por mais que entendemos que ainda não é acessível para maior parte da população, tem obobjetico de democratizar para mais famílias”, disse.
A cada dez motos na rua, quatro são consorciadas
Em outro painel dedicado aos consórcios apontou um aumento no número de consórcios no Brasil. Em 2023, o montante movimentado na modalidade alcançou R$ 316,70 bilhões, cerca de 25% superior aos R$ 252 bilhões registrados no ano anterior.
Em relação às contemplações, houve um aumento de 21,4%, de acordo com a Associação Brasileira de Administradores de Consórcios (Abac). Segundo Rodolfo Montosa, presidente da entidade, esse tipo de negócio representa 4,7% do PIB brasileiro. Ele destacou o papel da modalidade para a indústria brasileira.
"É importante uma fabricante de motocicleta saber que quase metade da produção já está vendida pelos consórcios. Isso afeta positivamente a economia', disse. "A cada dez motos que você passa pela rua, quatro foram adquiridas por um consórcio', concluiu.
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