Publicado 07/03/2024 16:40
Três meses após o presidente Luiz Inácio Lula da silva sancionar lei que regulamenta as apostas no país, a co Rio de Janeiro recebeu, pela primeira vez, a feira internacional SBC Summit Rio voltada para a indústria das apostas esportivas e jogos. O evento, que contou com 100 participantes e 150 expositores do mundo todo, começou na terça-feira, 5, e foi encerrado nesta quinta, 7, no Windsor Convention & Expo Center, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
O evento debateu aspectos ligados à indústria, como estruturas regulatórias, ofertas de produtos, relações entre operadores de jogos e mídia “as chamadas bets”, integridade esportiva, privacidade de dados e oportunidades de patrocínio”.
Um dos pontos principais para a escolha do Brasil como sede para essa edição da feira é a proximidade de um mercado regulado. Segundo Rasmus Sojmark, CEO e fundador da SBC, empresa que promove o evento, o potencial do país, após a regulamentação, atraiu a atenção dos empresários do setor.
“O evento tem sido considerado como uma boa oportunidade após inúmeras discussões que tivemos com nossos clientes. Buscamos oferecer uma plataforma para que os profissionais do setor se envolvam e troquem as melhores práticas, especialmente à medida que o cenário regulatório se aproxima”, disse.
As palestras contaram com a participação de profissionais da indústria de apostas esportivas, representantes de clubes de futebol, como Flamengo e Internacional, e de Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs). Os profissionais debatera, desenvolvimento de mecanismos de proteção para atletas e operadores de jogos.
“O evento tem sido considerado como uma boa oportunidade após inúmeras discussões que tivemos com nossos clientes. Buscamos oferecer uma plataforma para que os profissionais do setor se envolvam e troquem as melhores práticas, especialmente à medida que o cenário regulatório se aproxima”, disse.
As palestras contaram com a participação de profissionais da indústria de apostas esportivas, representantes de clubes de futebol, como Flamengo e Internacional, e de Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs). Os profissionais debatera, desenvolvimento de mecanismos de proteção para atletas e operadores de jogos.
Outro ponto levantado no evento foi o papel das loterias estatais frente ao surgimento das versões on-line. O presidente da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj), Hazenclever Lopes Cançado, participou de um painel que debateu as tendências para o futuro e a adoção de tecnologias para os apostadores.
Segundo Hazenclever, o evento, em mercado regulado, trará oportunidades de desenvolvimento dos produtos da autarquia. “A recente regulamentação no Brasil desbloqueou um oceano azul de possibilidades para nosso mercado. Com a Loterj liderando a carga neste domínio, conseguimos ganhar experiência em primeira mão”, disse.
Empresas em busca de negócios
Empresas em busca de negócios
O CEO da fornecedora de tecnologia paranaense Salsa, Peter Nolte, ressaltou a importância da regulação para o mercado. Segundo ele, as empresas que se adequarem às regras do governo federal ganham com credibilidade e proteção, tanto para as companhias quanto para os jogadores.
Nolte destacou que a Lotopar, autarquia que regula os jogos no estado, partiu na frente ao estipular regras e licenciar as operadoras. Essa medida pode ser percebida no faturamento da empresa. "Eu já estou com uma demanda muito maior de bets para os serviços devido às certificações conquistadas. Apesar de ser um mercado que ainda desperta desconfiança do público geral, quando se tem regras claras para atuar, naturalmente os consumidores começam a se interessar", disse.
Segundo, Ícaro Quinteiro, COO da Esportes da Sorte, casa de apostas esportivas que atua desde 2018 no País, o mercado brasileiro é um dos que mais cresce no mundo. E já consegue perceber um aquecimento na indústria em 2024.
"Ele [o mercado] vem em crescimento, então é um movimento que a gente já vinha acompanhando desde antes desse momento da assinatura do decreto. Mas a gente entende que com a continuidade, a partir do momento que a regulamentação for, digamos assim, caindo mais nas graças da população, a tendência é que uma sociedade que tinha um certo preconceito passe a não ter e isso nos traga um maior espaço dentro do país", disse.
O executivo aproveitou o evento para fechar negócios e identificar novas oportunidades para empresa, que pretende dobrar o faturamento este ano. "A gente entende que há uma possibilidade de crescimento de faturamento, devido às questões regulamentárias. Mas, além da expectativa, existe uma necessidade do crescimento até para que a gente consiga se adaptar aos impostos e tudo que vai ser colocado dentro agora do nosso faturamento. Ainda assim, queremos dobrar pelo menos o tamanho da empresa", concluiu.
Empresas menores de olho na regulação
Apesar do otimismo da indústria em relação ao mercado, um ponto chama a atenção de quem está atuando. Com o valor da licença para operação beirando os 30 milhões de reais, o alto custo pode dificultar a competição de empresas menores.
Segundo Rafael Noguerol, fundador da Sqalapay, empresa carioca facilitadora de pagamentos vindos do exterior para tecnologias nacionais como o pix, o governo federal precisa ficar atento à concentração das atividades nas mãos das grandes companhias.
"Esse alto custo pode tirar os pequenos players do mercado e concentrar somente nas mãos dos gigantes. Espero que o Ministério da Fazenda fique de olho durante o ano, enquanto estipula as regras para a atuação no país e consiga estimular a competição, que é boa para o usuário", alerta.
No entanto, o empresário está otimista para o crescimento e já projeta um ano de 2024 melhor. "Ao longo de 2023, a gente cresceu bem, passamos de dois clientes para mais de trinta clientes. Hoje processando mais de um milhão de transações por mês, um volume transacional de 150 milhões de reais. Estamos na feira lançando mais produtos e já tivemos muita procura de parceiros. Acredito que vamos fechar 2024 em um patamar muito melhor", concluiu.
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