Brasil possui média de quatro negócios extintos a cada minuto Rovena Rosa/Agência Brasil
Publicado 09/05/2024 16:28 | Atualizado 09/05/2024 16:30
O potencial empreendedor brasileiro é enorme – e quem afirma isso é o Monitor Global de Empreendedorismo (Global Entrepreneurship Monitor – GEM), do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) em parceria com a Anegepe (Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas).

Conforme o relatório divulgado em abril deste ano, somente em 2023, o país somou 90 milhões de empreendedores ou potenciais empreendedores. Contudo, em paralelo a esses dados, se desenvolve um cenário menos promissor: o alto número de empresas fechadas.

No Brasil, cerca de 2,1 milhões empresas foram fechadas no último ano, o que dá uma média de quatro negócios extintos a cada minuto no país. Os dados são do Mapa de Empresas do Governo Federal. Esse número representa um aumento de 25,7% em relação a 2022.

Segundo a apuração do GEM, o Brasil ocupa a segunda posição dentre os países de maior potencial empreendedor, perdendo apenas para a Índia. No entanto, o número de empresas que não se sustentam e encerram suas atividades é um fator preocupante

Para Bruno Darolt, CEO e fundador da BD Consultoria, esses dados são reflexos de vários fatores. “Por mais que o Brasil se destaque como segundo país com mais potencial em empreendedores do mundo, ainda nos deparamos com muitos ‘aventureiros’ criando negócios e não sustentando seu crescimento”.

Darolt cita, ainda, questões políticas e econômicas que podem afetar até mesmo negócios mais estruturados, levando-os a fechar por falta de controle do macro ambiente.

Fatores que podem fazer um negócio fechar

Ainda segundo dados do Mapa de Empresas, as seguintes atividades econômicas fecharam 2023 com um número de fechamentos superando os 70% em relação ao quantitativo de empresas abertas:
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Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios;
Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares;
Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios.

Para Darolt, os grandes “vilões” são a falta de capacitação, de planejamento e a gestão. “É notável que o empreendedor, ao abrir o seu negócio, muitas vezes fica preso na rotina operacional e se esquece do mais importante: a gestão estratégica do negócio”.

O CEO também destaca o papel da capacitação no cenário de constantes mudanças no mundo dos negócios. “Capacitar-se é algo fundamental para que possa acompanhar todo esse desenvolvimento, principalmente se o empreendedor atuar no mundo digital”

“Em relação a gestão, é essencial que o empreendedor consiga implementar tecnologias que possam fornecer dados para embasá-lo nos momentos de tomada de decisão”, finaliza Darolt.
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