Smartphone lidera o ranking de queda de preços, de acordo com o levantamentoPexels
Publicado 13/05/2024 10:28
São Paulo, maio de 2024 - Os preços dos produtos eletroeletrônicos vendidos no e-commerce apresentaram queda anual de 6,8% em abril de 2024, de acordo com o Índice de Preços Fipe/Buscapé. A pesquisa, que monitora 47 categorias de eletroeletrônicos e mais de 2 milhões de preços continuamente, com informações do principal comparador de preços do país, mostra que a variação de abril é semelhante à média das variações anuais dos últimos seis meses, com pequenas diferenças entre elas, indicando estabilidade do índice no período.
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Desde janeiro de 2023, os preços dos eletroeletrônicos tiveram queda anual em todos os meses, ao contrário do que ocorreu com os preços em geral. A queda mensal de 0,23% nos preços de eletroeletrônicos vista em abril vem logo após as quedas de 1,29% em março e 0,56% em fevereiro, e reforça o cenário de deflação do segmento que, de acordo com a série de 28 meses analisados no Índice Fipe/Buscapé, teve aumentos de preços somente em cinco meses.
Para Sergio Crispim, pesquisador da Fipe, a redução de preços é algo comum para o setor e é aplicada em nível mundial. “A evolução da estrutura do mercado e o avanço tecnológico estão conduzindo a uma constante queda nos preços dos produtos com o passar do tempo. Em certos segmentos, variações de preço podem ser impulsionadas por fatores externos específicos, como no exemplo do setor de ar-condicionado”, explica o pesquisador
Apenas duas categorias tiveram aumento de preço no período anual de abril/24, comparativamente a abril/23: ar-condicionado (16,3%) e ventilador e circulador (1,8%). Ambos foram pressionados principalmente pelo desequilíbrio entre demanda e oferta, derivado do calor atípico e de problemas logísticos, que resultaram em expressivos aumentos mensais no último quadrimestre de 2023, com um pico de 7,4% em dezembro.
Smartphones continuam em queda
A categoria de smartphones é sempre a principal no cenário de quedas de preço. Em abril, o produto ficou, em média, 14% mais barato, seguindo a tendência de meses anteriores. Além dos celulares, destacam-se monitores (12,7%), notebooks (12,1%) e desktops (11,5%).
Para Francisco Donato, superintendente da Mosaico, empresa detentora das marcas Buscapé e Zoom e operadora do Shopping do PAN, os smartphones sofrem com deflação contínua por causa do alto índice de inovação do setor. “O processo inovativo acelera a obsolescência dos smartphones, obrigando os consumidores a trocarem seus aparelhos com mais frequência para usufruírem das melhores tecnologias disponíveis. A evolução de aplicativos também exige cada vez mais processadores robustos, deixando celulares antigos mais lentos para tarefas consideradas básicas”, explica o executivo.
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