Publicado 17/05/2024 13:47
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, falou sobre a autonomia da autoridade monetária em evento que discutia os 30 anos do Plano Real na II Conferência Anual do BC, em Brasília. "O Banco Central sofre asfixia financeira e administrativa que nos atrapalha muito e que é um grande problema, eu vejo isso como um grande problema, um dos grandes desafios", disse, num raro momento em que desviou do tema do debate.
PublicidadeA autonomia do BC já havia sido mencionada por outros ex-presidentes da autoridade monetária que participam deste evento.
Ao defender o plano Real, Persio Arida destacou a parte política, de como foi necessário um sistema democrático criar o incentivo político para estabilização da inflação. Para ele, Fernando Henrique Cardoso (que foi ministro da Fazenda do governo Itamar Franco e depois foi presidente da República por dois mandatos) teve o mérito de ser capaz de explicar ao Congresso e convencer a opinião pública de que o Real era necessário.
Ele também comentou que já durante a gestão FHC havia discussões sobre a autonomia da autoridade monetária, mas que a avaliação é de que naquele momento não havia maturidade para esta mudança.
Já Gustavo Loyola disse que o Plano Real foi a consagração do BC em sua missão mais nobre, que é buscar a estabilização de preços Ele também reforçou a necessidade de garantir a autonomia plena do BC.
Tramita, no Congresso, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que amplia a autonomia do BC. Ela tem o apoio de Campos Neto, mas o governo é contrário. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já afirmou ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que este texto não tem o aval da Pasta.
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