Publicado 20/05/2024 09:20
A projeção dos analistas para a inflação de 2024 foi revista para cima, enquanto a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no ano sofreu uma leve queda, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 20, pelo Relatório Focus do Banco Central. A pesquisa realizada com economistas é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC).
PublicidadeA expectativa para a inflação deste ano foi revisada no relatório. A projeção de 2024 passou de 3,76% para 3,80% Um mês antes, a mediana era de 3,73%. Para 2025, foco principal da política monetária, a projeção passou de 3,66% para 3,74%, ante 3,60% de um mês atrás.
Considerando as 72 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 passou de 3,74% para 3,84%. Para 2025, a projeção passou de 3,75% para 3,70%, considerando 70 atualizações no período.
Para 2026, a projeção continuou em 3,50% pela 46ª semana consecutiva - seguindo a reancoragem apenas parcial destacada pelo BC após a manutenção da meta de inflação em 3,0% para este e os próximos anos. No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa seguiu em 3,50%, como também está há 46 semanas.
As estimativas do Relatório de Mercado Focus continuam acima do centro da meta para a inflação, de 3,00%. O IPCA de 2023 ficou em 4,62%, abaixo do teto da meta (4,75%, para um centro de 3,25% no ano passado), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022.
O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou em maio projeção de 3,8% para o IPCA de 2024, depois de o indicador ter ficado em 3,5% nas reuniões anteriores, de dezembro, janeiro e março. Para 2025, a projeção também subiu, para 3,3%.
Projeção suavizada
Os economistas do mercado financeiro revisaram a expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses no Relatório de Mercado Focus desta semana de 3,60% para 3,64%, de 3,56% há um mês. Essa medida ganha importância no contexto da meta de inflação contínua a ser perseguida pelo Banco Central, em substituição a de ano calendário. O centro da meta é 3% em 2024, 2025 e 2026.
Em junho do ano passado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ao Conselho Monetário Nacional (CMN) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iria editar decreto estabelecendo uma meta contínua de inflação a partir de 2025, em substituição à meta-calendário vigente hoje.
Considerando as 72 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 passou de 3,74% para 3,84%. Para 2025, a projeção passou de 3,75% para 3,70%, considerando 70 atualizações no período.
Para 2026, a projeção continuou em 3,50% pela 46ª semana consecutiva - seguindo a reancoragem apenas parcial destacada pelo BC após a manutenção da meta de inflação em 3,0% para este e os próximos anos. No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa seguiu em 3,50%, como também está há 46 semanas.
As estimativas do Relatório de Mercado Focus continuam acima do centro da meta para a inflação, de 3,00%. O IPCA de 2023 ficou em 4,62%, abaixo do teto da meta (4,75%, para um centro de 3,25% no ano passado), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022.
O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou em maio projeção de 3,8% para o IPCA de 2024, depois de o indicador ter ficado em 3,5% nas reuniões anteriores, de dezembro, janeiro e março. Para 2025, a projeção também subiu, para 3,3%.
Projeção suavizada
Os economistas do mercado financeiro revisaram a expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses no Relatório de Mercado Focus desta semana de 3,60% para 3,64%, de 3,56% há um mês. Essa medida ganha importância no contexto da meta de inflação contínua a ser perseguida pelo Banco Central, em substituição a de ano calendário. O centro da meta é 3% em 2024, 2025 e 2026.
Em junho do ano passado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ao Conselho Monetário Nacional (CMN) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iria editar decreto estabelecendo uma meta contínua de inflação a partir de 2025, em substituição à meta-calendário vigente hoje.
Em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, em maio de 2024, Haddad foi questionado sobre o decreto, mas respondeu que "não necessariamente" o ato será publicado antes de junho. Isso forçaria o Conselho Monetário Nacional (CMN) a definir a meta "como sempre definiu" na reunião do próximo mês: com a definição para 2027.
Curto prazo
Os economistas revisaram as expectativas de inflação de curto prazo no relatório. A mediana para maio de 2024 passou de 0,30% para 0,33%. Há um mês, a expectativa era de 0,25%. Para o IPCA de junho, a estimativa passou de 0,17% para 0,18%, de 0,17% um mês antes. Já para julho, a previsão para o indicador seguiu em 0,15%, mesmo patamar de um mês antes.
Curto prazo
Os economistas revisaram as expectativas de inflação de curto prazo no relatório. A mediana para maio de 2024 passou de 0,30% para 0,33%. Há um mês, a expectativa era de 0,25%. Para o IPCA de junho, a estimativa passou de 0,17% para 0,18%, de 0,17% um mês antes. Já para julho, a previsão para o indicador seguiu em 0,15%, mesmo patamar de um mês antes.
PIB
O relatório diminuiu a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024. A mediana para a alta da atividade deste ano passou de 2,09% para 2,05%, ante 2,02% de um mês atrás. Considerando apenas as 46 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2024 seguiu em 2,02%.
Para 2025, o documento trouxe manutenção na estimativa de crescimento do PIB em 2,00%, como já está há 23 semanas. Considerando as 46 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2025 também seguiu em 2,00%.
Em relação a 2026, a mediana continuou em 2,00% pela 41ª semana consecutiva. O boletim ainda trouxe a estimativa de crescimento para 2027, que se mantém em 2,00% por 43 semanas.
A estimativa do Ministério da Fazenda para o crescimento do PIB de 2024 é de 2,5%. Já no Banco Central, a projeção atual é de avanço de 1,9% neste ano, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março.
Para 2025, o documento trouxe manutenção na estimativa de crescimento do PIB em 2,00%, como já está há 23 semanas. Considerando as 46 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2025 também seguiu em 2,00%.
Em relação a 2026, a mediana continuou em 2,00% pela 41ª semana consecutiva. O boletim ainda trouxe a estimativa de crescimento para 2027, que se mantém em 2,00% por 43 semanas.
A estimativa do Ministério da Fazenda para o crescimento do PIB de 2024 é de 2,5%. Já no Banco Central, a projeção atual é de avanço de 1,9% neste ano, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março.
Selic
Ainda na esteira da última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado elevou a Selic para 2024 para 10,00%, ante 9,75% na última semana. Há um mês, o patamar era de 9,50%. Considerando apenas as 86 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2024 passou de 9,75% ao ano para 10,00%.
O Copom abandonou o forward guidance da reunião de março e cortou a Selic em 0,25 pp, para 10,50% ao ano em maio. A decisão dividida do colegiado deixou os indicados pela gestão Lula do lado que seguiria a sinalização de redução de 0,50 pp, enquanto os diretores que já estavam no BC antes deste governo optaram por diminuir o ritmo de cortes neste momento. Na ata, divulgada na semana passada, houve um grande movimento para explicar que a divergência se deu pela avaliação do custo reputacional de abandonar a sinalização.
Ao justificar a decisão, o BC disse entender que ela é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2025. "Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego", repetiu o Copom.
No Relatório de Mercado Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 seguiu em 9,00%, ante 8,50% há um mês. Considerando apenas as 86 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2025 seguiu em 9,00% ao ano.
Para 2026, a projeção seguiu em 9,00%, ante 8,50% há um mês. Para 2027, a estimativa passou de 8,63% para 9,00%.
O Copom abandonou o forward guidance da reunião de março e cortou a Selic em 0,25 pp, para 10,50% ao ano em maio. A decisão dividida do colegiado deixou os indicados pela gestão Lula do lado que seguiria a sinalização de redução de 0,50 pp, enquanto os diretores que já estavam no BC antes deste governo optaram por diminuir o ritmo de cortes neste momento. Na ata, divulgada na semana passada, houve um grande movimento para explicar que a divergência se deu pela avaliação do custo reputacional de abandonar a sinalização.
Ao justificar a decisão, o BC disse entender que ela é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2025. "Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego", repetiu o Copom.
No Relatório de Mercado Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 seguiu em 9,00%, ante 8,50% há um mês. Considerando apenas as 86 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2025 seguiu em 9,00% ao ano.
Para 2026, a projeção seguiu em 9,00%, ante 8,50% há um mês. Para 2027, a estimativa passou de 8,63% para 9,00%.
Déficit
Os economistas do mercado financeiro revisaram a estimativa de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos para 2024 no Relatório de Mercado Focus desta semana. A projeção deficitária passou de US$ 32,15 bilhões para US$ 32,20 bilhões, de US$ 32,10 bilhões de um mês atrás.
Já para 2025, a estimativa de déficit foi mantida em US$ 40,00 bilhões, mesmo patamar de quatro semanas atrás.
Em relação ao superávit da balança comercial em 2024, a projeção passou de US$ 80,00 bilhões para US$ 82,00 bilhões, contra US$ 80,00 bilhões há um mês. Para 2025, a mediana passou de US$ 76,15 bilhões para US$ 76,30 bilhões, de US$ 75,00 bilhões de quatro semanas atrás.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) é mais do que suficiente para cobrir o rombo em transações correntes.
A mediana das previsões para o IDP em 2024 passou de US$ 69,50 bilhões para US$ 70,00 bilhões. Há quatro semanas, estava em US$ 67,27 bilhões. Para 2025, a estimativa passou de US$ 73,00 bilhões para US$ 73,50 bilhões, mesmo patamar de um mês antes.
Já para 2025, a estimativa de déficit foi mantida em US$ 40,00 bilhões, mesmo patamar de quatro semanas atrás.
Em relação ao superávit da balança comercial em 2024, a projeção passou de US$ 80,00 bilhões para US$ 82,00 bilhões, contra US$ 80,00 bilhões há um mês. Para 2025, a mediana passou de US$ 76,15 bilhões para US$ 76,30 bilhões, de US$ 75,00 bilhões de quatro semanas atrás.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) é mais do que suficiente para cobrir o rombo em transações correntes.
A mediana das previsões para o IDP em 2024 passou de US$ 69,50 bilhões para US$ 70,00 bilhões. Há quatro semanas, estava em US$ 67,27 bilhões. Para 2025, a estimativa passou de US$ 73,00 bilhões para US$ 73,50 bilhões, mesmo patamar de um mês antes.
Câmbio
O cenário esperado para o câmbio brasileiro foi revisado no Relatório de Mercado Focus desta semana. A estimativa para o câmbio no fim de 2024 passou de R$ 5,00 para R$ 5,04, ante R$ 5,00 de um mês antes. Para 2025, a mediana seguiu em R$ 5,05, mesmo patamar de um mês atrás.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
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