Haddad afirmou que o desenvolvimento econômico precisa levar em conta as questões socioambientaisJoédson Alves/Agência Brasil
Publicado 23/05/2024 16:54
Brasília - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quinta-feira, 23, que uma das tarefas das mais importantes dos governantes é a de repensar o que está acontecendo com o planeta e de como será possível fazer uma reorganização para enfrentar os desafios que estão sendo colocados. "Não vejo tarefa mais nobre do que a que temos", disse, durante o encerramento do Simpósio de Tributação Internacional do Grupo das 20 maiores economias do mundo (G20).
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Ele ressaltou que, de um lado, há alta concentração de riqueza e, de outro, fome e crise climática. "É preciso repensar o reposicionamento do mundo", recomendou, acrescentando que não será possível dar conta das dificuldades a partir das velhas instituições criadas. "Temos que repensar instituições, bancos, organismos internacionais e multilaterais", disse.
A partir daí, conforme Haddad, é que será possível também repensar o financiamento dessa equação, que, segundo ele, é difícil. "Nenhum país tem crise climática nacional, é global", afirmou.
Da mesma forma, de acordo com o ministro, a concentração de riqueza não acontece apenas dentro de um país. Ele afirmou que, muitas vezes, a disparidade entre países é maior do que dentro de nações. "Isso deveria ser suficiente para assustar qualquer pessoa."
Haddad reforçou que até hoje o Brasil tem o desafio de diminuir desigualdade, que tem trabalhado bastante no tema, mas que apenas obtido resultados modestos até aqui. Segundo ele, o Brasil é um microcosmo do que acontece no globo. "Somos o laboratório do que precisa mudar", considerou. "A pauta socioambiental exige repensar mecanismos de ação e precisamos nos coordenar internacionalmente para que tenha consequência."
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