Presidente do Banco Central, Roberto Campos NetoPaulo Pinto/Agência Brasil
Publicado 07/06/2024 12:50 | Atualizado 07/06/2024 12:50
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou nesta sexta-feira, 7, sua avaliação de que o Brasil registra uma convergência nos dados de inflação, com o último número do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vindo melhor que o esperado, inclusive de forma qualitativa.
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"Último número veio melhor que o esperado, qualitativamente melhor que o esperado, porque estávamos olhando muito a parte que tem efeito de salário, serviços, parte mais intensiva em mão de obra dentro do que é serviços, parece uma correlaçãozinha na ponta, mas o fato é que não temos visto ainda essa correlação aparecer nos números de inflação, e o último número veio até melhor nesse sentido. Estamos olhando a inflação presente, vindo em linha com a convergência esperada", disse.

Nos riscos para o futuro, Campos Neto voltou a mencionar a mão de obra mais apertada e o último dado de desemprego no País, apesar de apontar que, em alguns lugares, estudos têm mostrando que a mão de obra apertada não tem influenciado no preço de serviços. "Tem um estudo interessante nos EUA sobre isso", comentou o presidente do BC, participante de evento da Monte Bravo Corretora, em São Paulo.

Na parte de alimentos, o banqueiro central observou que o mercado tem revisado um pouco para cima o segmento de alimentos na inflação, citando os efeitos da tragédia climática no Rio Grande do Sul.

"E um tema que aparece mais recentemente foi alimentos, não só por Rio Grande do Sul, mas principalmente, que é qual é o efeito e o que pode acontecer, em termos de solo prejudicado. E temos visto com vocês de mercado que vocês tem revisado um pouco a parte de alimentos dentro da inflação para 2024. Em serviços, na divisão de núcleos, nos serviços intensivos em trabalho deu uma melhorada na ponta", afirmou.
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