Luiz Césio Caetano afirmou que o País precisa avançar na regulamentação da energia verdeVinícius Magalhães/Divulgação Firjan
Publicado 11/06/2024 16:24
Em todo o País, há 94 pedidos para projetos de instalação de eólicas offshore e de hidrogênio, com potência instalada de 234 KW (GigaWatts). Destes, o Rio de Janeiro registrou 14 pedidos com potencial de gerar 24 GW, com investimentos na ordem de US$ 70 bilhões. Esses recursos poderão se reverter em dinamização da economia fluminense e na demanda potencial por milhares de postos de trabalho ao longo da sua implementação.
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Assim, o Estado poderá liderar o país rumo a descabornização das suas fontes de energia. O desafio reside na gestão eficiente dessas fontes complementares a nossa matriz energética, viabilizando o desenvolvimento de novas cadeias fornecedoras e, sem deixar de lado, a segurança no abastecimento, acessibilidade dos custos e justiça social, ou seja inserir esses novos projetos de maneira a não afetar a competitividade nacional.
As informações constam do documento "Transição e Integração Energética no Rio", análise produzida pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), com base nos dados de 2024 do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e projetos privados. O estudo foi apresentado no evento Macaé Energy 2024, que começou nesta terça-feira, 11, em Macaé, e vai até quinta, 13.
A primeira edição do fórum reúne na cidade do Norte Fluminense os principais playes da indústria, instituições e poder público para debater o conhecimento sobre a dinâmica desses mercados, eficiência, transição e a integração energética, e as tecnologias necessárias para que tudo saia do papel o mais breve possível.
"Para isso, é importante que o país avance na Agenda Legislativa 'Verde' e aprove o mais breve possível a regulamentação dos instrumentos para garantir um ambiente de negócios atrativo ao investimento", afirma o vice-presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.
O principal instrumento para o início desse desenvolvimento é a aprovação do PL 576/2011, em tramitação no Congresso Nacional, para a regulação e instalação de eólicas offshore no país. "Essa pauta legislativa precisa ser tratada hoje para que o investimento potencial se torne realidade nos próximos cinco a dez anos. Quanto mais atrasamos essas discussões, com a inserção dos conhecidos ‘jabutis’, mais atrasamos a transformação do potencial em emprego, renda e tributos reais", acrescenta Caetano.
Potencial fluminense
No Rio de Janeiro, caso os 24 GW sejam usados, por exemplo, para a produção de hidrogênio de baixo carbono, estes projetos teriam capacidade para produzir 114 mil kton/ano de hidrogênio com uma equivalência energética de 0,21 MMbpd (6% da produção nacional de petróleo), ou 42 milhões de litros de gasolina C por dia (33% das vendas do país), e/ou 45 milhões de m3/dia de gás natural (150% do consumo industrial de gás natural do Brasil).
O documento traz ainda contribuição de importantes agentes de mercado com análises sobre o cenário e as perspectivas para o setor. A Rystad Energy comenta sobre cenário mundial e o Ministério de Minas e Energia (MME) fala sobre o uso dos biocombustíveis.
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