Lula durante Entrevista coletiva à imprensa, no Hotel Scoglio degli Achei, neste sábado (15)Ricardo Stuckert / PR
Publicado 15/06/2024 12:21
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou neste sábado (15) na Itália sobre as negociações do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, indicando que "agora o problema são eles", em referência à renovação da Comissão Europeia e às próximas eleições na França.
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"Eu disse para ela (a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen) que depois de todas as tratativas que o Brasil fez para mudar o acordo, colocando as coisas que nós achávamos que era necessário colocar e tirando as coisas que nós achávamos que era necessário tirar e que o Brasil está pronto para a hora que a União Europeia quiser assinar o acordo. Agora o problema são eles", disse em uma coletiva de imprensa no marco de sua participação na cúpula do G7.
O Brasil é um dos países convidados para a cúpula anual do grupo das sete democracias mais ricas do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).
O acordo entre a União Europeia e os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai) enfrenta a resistência de alguns países europeus, principalmente da França, que teme uma grande chegada de produtos agrícolas sul-americanos.
Von der Leyen "deve ser indicada daqui a umas 3 semanas para ocupar o mesmo cargo que ela está hoje, de presidência da Comissão Europeia. E o Macron (Emmanuel, presidente francês) convocou eleições para a França. Então nós temos que aguardar", afirmou Lula.
De Carovigno, na região de Apúlia, onde é celebrado o G7, Lula demonstrou otimismo para assinar o acordo cujas negociações começaram há 25 anos. Ele disse que tem certeza que será benéfico para todos.
Se adotado, o tratado permitirá às potências agrícolas sul-americanas exportar carne, açúcar, arroz, mel e soja para a Europa. A UE exportaria carros, máquinas e produtos farmacêuticos, entre outros.
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