Publicado 07/07/2024 21:42
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu disse, em entrevista ao Canal Livre, da Bandeirantes, que a taxa de juros no Brasil "não subiu ou desceu por causa dos ataques (do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central) ou porque deixou de atacar".
PublicidadeNa entrevista divulgada neste domingo (7), Dirceu avaliou haver "uma situação global". "O dólar subiu na Coreia do Sul, no Japão, no Chile, no México, na Colômbia e até em países europeus Há uma situação global. O Brasil está crescendo, emprego crescendo, renda crescendo, superávit da balança comercial, País está com rumo, reforma tributária aprovada", afirmou.
Questionado sobre a política fiscal do governo Lula, José Dirceu defendeu uma reforma tributária sobre a renda. Segundo ele, essa mudança seria essencial para suportar o Estado de bem-estar social e os gastos públicos com o lado social defendidos por Lula e respaldados pela Constituição.
"Temos um problema gravíssimo. Fizemos uma Constituição em 1988 com Estado de bem-estar social, que não existe em outros países da América Latina, mas não fizemos reforma tributária sobre a renda, riqueza e patrimônio, que a Europa fez no século 19. Se trouxer para o Brasil a estrutura tributária da OCDE, está resolvido o problema do Brasil".
Governabilidade
O ex-ministro de Lula disse, ainda, que o presidente enfrenta um problema de governabilidade crônico por causa do tamanho de sua base aliada mais fiel no Congresso.
"O mundo mudou e o Brasil mudou. No Congresso, os partidos que o apoiaram (nas eleições) são minoria. Tem 300 votos liderados pelo Arthur Lira. Esse é um governo quase impossível. O Partido Trabalhista venceu na Grã-Bretanha, vai governar com 410 deputados. Governos em minoria no Congresso têm dificuldade de implementar sua agenda", declarou.
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