Na Nymex, o petróleo WTI para setembro fechou em queda de 2,05% (US$ 1,60), A US$ 76,31 o barrilDivulgação
Publicado 01/08/2024 16:25
Os preços do petróleo recuaram nesta quinta-feira, 1º, após uma série de indicadores econômicos apontar para a desaceleração da economia americana, e também com a força renovada do dólar em meio a um quadro de cautela global.
Publicidade
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em queda de 2,05% (US$ 1,60), A US$ 76,31 o barril, enquanto o Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), retraiu 1,63% (US$ 1,32), a US$ 79,52 o barril.
No início da madrugada, os preços do petróleo abriram as negociações em alta, impulsionados ainda pelos riscos geopolíticos diante de um iminente ataque iraniano a Israel. Com o passar do dia, porém, o ímpeto foi se reduzindo e o petróleo não conseguiu dar sequência à maior alta do ano vista ontem.
Pela manhã, uma combinação de indicadores dos EUA - PMIs industriais finais em julho indicando contração da atividade e investimentos em construção em retração em junho - renovou preocupações com a demanda na maior economia do mundo e contribuiu para a virada dos preços, que passaram a recuar. A queda, então, foi intensificada conforme o dólar ganhava força, enquanto investidores ampliavam a busca por ativos de segurança.
Também nesta quinta-feira, os principais dirigentes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se reuniram para debater a atual política de cortes de produção e mantiveram a política atual, conforme já esperado pelos mercados.
De acordo com a Oxford Economics, as tensões no Oriente Médio ainda não devem afetar os preços da commodity no longo prazo, e a alta deve ser temporária, a menos que a infraestrutura dos países da região para a produção de petróleo seja afetada. A consultoria britânica destaca que a Opep tem ampla capacidade ociosa para suprir uma interrupção momentânea na região.
Além disso, a Oxford acrescenta que "a potencial demanda mais fraca da China após um terceiro mês consecutivo de contração da manufatura, e possíveis mudanças nos cortes de produção da Opep e aliados estão aumentando a volatilidade do mercado e apresentando novos riscos de queda".
Leia mais