Publicado 05/08/2024 09:56
As projeções dos analistas para a inflação de 2024 e para a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro subiram nesta semana, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 5, pelo Relatório Focus do Banco Central. A pesquisa realizada com economistas é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC).
PublicidadeA mediana do relatório Focus para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 subiu de 4,10% para 4,12%, distanciando-se ainda mais do centro da meta, de 3%. Um mês antes, era de 4,02%. A estimativa intermediária para a inflação de 2025 avançou de 3,96% para 3,98%, contra 3,88% um mês atrás. O relatório Focus foi divulgado na manhã desta segunda-feira, 5, pelo Banco Central.
Considerando somente as 53 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana do mercado para o IPCA de 2024 subiu de 4,08% para 4,19%. A projeção para a inflação de 2025 passou de 3,98% para 4%, levando em conta apenas as 53 atualizações no período.
No comunicado da última quarta-feira, 31, o Comitê de Política Monetária (Copom) informou que considera o primeiro trimestre de 2026 como seu horizonte relevante. O colegiado espera que a inflação acumulada em 12 meses fique em 3,4% no período, no cenário de referência, ou em 3,2%, considerando a Selic estável em 10,5% até lá.
O Banco Central espera que o IPCA fique em 4,2% este ano e em 3,6% em 2025, no cenário de referência. No cenário alternativo, a autoridade monetária calcula que a inflação seria de 4,2% em 2024 e de 3,4% no ano que vem.
A partir do ano que vem, a meta de inflação passa a ser contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima do teto ou abaixo do piso por seis meses consecutivos, vai se considerar que o alvo foi perdido. A meta continua tendo centro de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.
Nos horizontes mais longos, a mediana do Focus para o IPCA de 2026 continuou em 3,60% pela nona semana consecutiva. A estimativa intermediária para 2027 ficou em 3,50% pela 57ª semana seguida.
Considerando somente as 53 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana do mercado para o IPCA de 2024 subiu de 4,08% para 4,19%. A projeção para a inflação de 2025 passou de 3,98% para 4%, levando em conta apenas as 53 atualizações no período.
No comunicado da última quarta-feira, 31, o Comitê de Política Monetária (Copom) informou que considera o primeiro trimestre de 2026 como seu horizonte relevante. O colegiado espera que a inflação acumulada em 12 meses fique em 3,4% no período, no cenário de referência, ou em 3,2%, considerando a Selic estável em 10,5% até lá.
O Banco Central espera que o IPCA fique em 4,2% este ano e em 3,6% em 2025, no cenário de referência. No cenário alternativo, a autoridade monetária calcula que a inflação seria de 4,2% em 2024 e de 3,4% no ano que vem.
A partir do ano que vem, a meta de inflação passa a ser contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima do teto ou abaixo do piso por seis meses consecutivos, vai se considerar que o alvo foi perdido. A meta continua tendo centro de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.
Nos horizontes mais longos, a mediana do Focus para o IPCA de 2026 continuou em 3,60% pela nona semana consecutiva. A estimativa intermediária para 2027 ficou em 3,50% pela 57ª semana seguida.
PIB
A mediana do relatório para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 aumentou de 2,19% para 2,20%, a quinta alta seguida. Um mês antes, estava em 2,10%. Considerando apenas as 26 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 2,20% para 2,21%.
A estimativa intermediária para o crescimento do PIB de 2025 caiu de 1,94% para 1,92%. Levando em conta apenas as 26 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 1,89% para 1,98%.
Os economistas do mercado financeiro não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2%, como já estão há 52 semanas e 54 semanas, respectivamente.
O Ministério da Fazenda espera que o PIB brasileiro cresça 2,5% em 2024, conforme o mais recente Boletim Macrofiscal, divulgado em julho. O ministro Fernando Haddad, que chefia a pasta, disse que havia informações suficientes para sustentar uma mudança na estimativa, mas que pediu "parcimônia" nas revisões.
No último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), publicado em junho, o BC estimava que o PIB brasileiro cresceria 2,3% este ano.
A estimativa intermediária para o crescimento do PIB de 2025 caiu de 1,94% para 1,92%. Levando em conta apenas as 26 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 1,89% para 1,98%.
Os economistas do mercado financeiro não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2%, como já estão há 52 semanas e 54 semanas, respectivamente.
O Ministério da Fazenda espera que o PIB brasileiro cresça 2,5% em 2024, conforme o mais recente Boletim Macrofiscal, divulgado em julho. O ministro Fernando Haddad, que chefia a pasta, disse que havia informações suficientes para sustentar uma mudança na estimativa, mas que pediu "parcimônia" nas revisões.
No último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), publicado em junho, o BC estimava que o PIB brasileiro cresceria 2,3% este ano.
Projeção de déficit primário
A mediana do relatório Focus para o déficit primário de 2024 se manteve em 0,70% do Produto Interno Bruto (PIB), estável há seis semanas, de acordo com divulgação do Banco Central. Considerando apenas as 12 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a projeção passou de 0,70% para 0,64% do PIB.
Os números seguem distantes da meta deste ano, de déficit zero, com tolerância de 0,25 ponto porcentual do PIB para mais ou para menos.
Mesmo após ter anunciado uma contenção de R$ 15 bilhões em gastos, o próprio governo espera obter um déficit primário de R$ 28,8 bilhões em 2024, exatamente em linha com o piso do alvo.
A mediana do Focus para o déficit primário de 2025 permaneceu em 0,70% do PIB - a meta do ano que vem também é de déficit zero, com tolerância de 0,25 ponto do PIB. Um mês atrás, a projeção estava em 0,61%.
Nominal
A estimativa intermediária do Focus para o déficit nominal de 2024 permaneceu em 7,30% do PIB. Há um mês, a projeção era de 7,25%. A estimativa intermediária para 2025 sugere déficit nominal de 6,50% do PIB, mesmo nível da última semana e de um mês atrás.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após o gasto com juros e outras despesas financeiras.
A mediana para a dívida líquida do setor público como proporção do PIB seguiu em 63,70% em 2024, contra 63,85% um mês antes. A estimativa intermediária para 2025 ficou em 66%, mesmo número da semana anterior, ante 66,40% de um mês antes.
Os números seguem distantes da meta deste ano, de déficit zero, com tolerância de 0,25 ponto porcentual do PIB para mais ou para menos.
Mesmo após ter anunciado uma contenção de R$ 15 bilhões em gastos, o próprio governo espera obter um déficit primário de R$ 28,8 bilhões em 2024, exatamente em linha com o piso do alvo.
A mediana do Focus para o déficit primário de 2025 permaneceu em 0,70% do PIB - a meta do ano que vem também é de déficit zero, com tolerância de 0,25 ponto do PIB. Um mês atrás, a projeção estava em 0,61%.
Nominal
A estimativa intermediária do Focus para o déficit nominal de 2024 permaneceu em 7,30% do PIB. Há um mês, a projeção era de 7,25%. A estimativa intermediária para 2025 sugere déficit nominal de 6,50% do PIB, mesmo nível da última semana e de um mês atrás.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após o gasto com juros e outras despesas financeiras.
A mediana para a dívida líquida do setor público como proporção do PIB seguiu em 63,70% em 2024, contra 63,85% um mês antes. A estimativa intermediária para 2025 ficou em 66%, mesmo número da semana anterior, ante 66,40% de um mês antes.
Selic
A mediana do relatório Focus para a taxa Selic no fim de 2025 subiu de 9,5% para 9,75%, interrompendo uma sequência de seis semanas de estabilidade após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter reiterado a sua estratégia de manter os juros altos para consolidar a desinflação e ancorar as expectativas. O relatório foi divulgado nesta segunda-feira, 5, pelo Banco Central.
"A política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno da meta", afirmou o comitê, no comunicado da última quarta-feira.
O colegiado manteve a Selic em 10,5% pela segunda reunião consecutiva. O colegiado afirmou que essa decisão é "compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante", agora visto como o primeiro trimestre de 2026.
Considerando apenas as 40 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para a Selic no fim de 2025 caiu de 9,75% para 9,5%.
A estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim de 2024 permaneceu em 10,5% pela sétima semana consecutiva. Considerando apenas as 41 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, também continuou neste nível. O mercado também manteve o consenso de que os juros encerrarão 2026 e 2027 em 9%.
"A política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno da meta", afirmou o comitê, no comunicado da última quarta-feira.
O colegiado manteve a Selic em 10,5% pela segunda reunião consecutiva. O colegiado afirmou que essa decisão é "compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante", agora visto como o primeiro trimestre de 2026.
Considerando apenas as 40 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para a Selic no fim de 2025 caiu de 9,75% para 9,5%.
A estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim de 2024 permaneceu em 10,5% pela sétima semana consecutiva. Considerando apenas as 41 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, também continuou neste nível. O mercado também manteve o consenso de que os juros encerrarão 2026 e 2027 em 9%.
Dólar
A mediana do relatório Focus para o dólar no fim de 2024 se estabilizou em R$ 5,30, contra R$ 5,20 um mês atrás, conforme divulgação realizada pelo Banco Central nesta segunda-feira, 5. A estimativa intermediária para o fim de 2025 subiu de R$ 5,25 para R$ 5,30, contra R$ 5,20 quatro semanas antes.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
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