Publicado 12/08/2024 09:29
A projeção dos analistas para a inflação de 2024 foi revista para cima, enquanto a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no ano foi mantida, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 12, pelo Relatório Focus do Banco Central. A pesquisa realizada com economistas é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC).
PublicidadeA estimativa intermediária para o IPCA de 2024 subiu de 4,12% para 4,20%, em alta pela quarta semana consecutiva e distante apenas 0,3 ponto percentual do teto da meta este ano, de 4,5%. Considerando as 68 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, avançou de 4,19% para 4,22%.
Um mês antes, a projeção para este ano era de 4%. Parte do mercado ainda pode estar incorporando às suas estimativas de inflação de 2024 o aumento dos impostos sobre cigarros.
Um mês antes, a projeção para este ano era de 4%. Parte do mercado ainda pode estar incorporando às suas estimativas de inflação de 2024 o aumento dos impostos sobre cigarros.
A mediana do relatório Focus para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 caiu de 3,98% na semana passada para 3,97% na edição divulgada nesta segunda-feira, 12, pelo Banco Central, contra 3,90% um mês antes É a primeira baixa desde o relatório divulgado em 25 de março deste ano, quando a estimativa intermediária havia caído de 3,52% para 3,51%.
Na última ata, divulgada na terça-feira passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) reforçou que "não se furtará ao seu compromisso com o atingimento da meta de inflação".
O colegiado espera que o IPCA acumulado em 12 meses até o fim do primeiro trimestre de 2026 — o horizonte relevante da política monetária — atinja 3,4%, no cenário de referência, ou 3,2%, no cenário com a Selic estável em 10,5% — ambos considerados textualmente "acima da meta".
"O comitê, unanimemente, reforçou que não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado", afirmou o Copom, na ata.
Considerando apenas as 68 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana do Focus para o IPCA de 2025 caiu 0,1 ponto percentual, de 4% para 3,9%.
Na última ata, divulgada na terça-feira passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) reforçou que "não se furtará ao seu compromisso com o atingimento da meta de inflação".
O colegiado espera que o IPCA acumulado em 12 meses até o fim do primeiro trimestre de 2026 — o horizonte relevante da política monetária — atinja 3,4%, no cenário de referência, ou 3,2%, no cenário com a Selic estável em 10,5% — ambos considerados textualmente "acima da meta".
"O comitê, unanimemente, reforçou que não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado", afirmou o Copom, na ata.
Considerando apenas as 68 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana do Focus para o IPCA de 2025 caiu 0,1 ponto percentual, de 4% para 3,9%.
PIB
A mediana do relatório Focus do Banco Central para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 continuou em 2,20%, interrompendo uma sequência de seis altas consecutivas. Um mês antes, estava em 2,11%. Considerando apenas as 40 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 2,21% para 2,24%.
A estimativa intermediária para o crescimento do PIB de 2025 se manteve em 1,92%. Levando em conta apenas as 39 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, caiu de 1,98% para 1,92%, conforme o relatório divulgado pelo BC.
Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2%, como já estão há 53 semanas e 55 semanas, respectivamente.
Na última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na terça-feira, 6, o Banco Central afirmou que o ritmo de crescimento da atividade econômica — sobretudo no consumo das famílias — e o dinamismo do mercado de trabalho têm surpreendido e "divergido do cenário de desaceleração previsto".
A última estimativa divulgada pelo Banco Central, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, indicava crescimento de 2,3% para o PIB brasileiro este ano.
O Ministério da Fazenda espera que o PIB brasileiro cresça 2,5% em 2024, conforme o mais recente Boletim Macrofiscal, divulgado em julho.
O ministro Fernando Haddad, que chefia a pasta, disse que havia informações suficientes para sustentar uma mudança na estimativa, mas que pediu "parcimônia" nas revisões.
A estimativa intermediária para o crescimento do PIB de 2025 se manteve em 1,92%. Levando em conta apenas as 39 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, caiu de 1,98% para 1,92%, conforme o relatório divulgado pelo BC.
Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2%, como já estão há 53 semanas e 55 semanas, respectivamente.
Na última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na terça-feira, 6, o Banco Central afirmou que o ritmo de crescimento da atividade econômica — sobretudo no consumo das famílias — e o dinamismo do mercado de trabalho têm surpreendido e "divergido do cenário de desaceleração previsto".
A última estimativa divulgada pelo Banco Central, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, indicava crescimento de 2,3% para o PIB brasileiro este ano.
O Ministério da Fazenda espera que o PIB brasileiro cresça 2,5% em 2024, conforme o mais recente Boletim Macrofiscal, divulgado em julho.
O ministro Fernando Haddad, que chefia a pasta, disse que havia informações suficientes para sustentar uma mudança na estimativa, mas que pediu "parcimônia" nas revisões.
Déficit primário em relação ao PIB
A mediana do relatório Focus do Banco Central para o déficit primário de 2024 oscilou negativamente, de 0,70% para 0,69% do Produto Interno Bruto (PIB), interrompendo uma sequência de seis semanas de estabilidade. Considerando as 15 projeções atualizadas os últimos cinco dias úteis, passou de 0,64% para 0,70% do PIB.
Os números seguem distantes da meta deste ano, de déficit zero, com tolerância de 0,25 ponto porcentual do PIB para mais ou para menos. Mesmo após ter anunciado uma contenção de R$ 15 bilhões em gastos, o próprio governo espera obter um déficit primário de R$ 28,8 bilhões em 2024, exatamente em linha com o piso do alvo
A mediana do Focus para o déficit primário de 2025 permaneceu em 0,70% do PIB a meta do ano que vem também é de déficit zero, com tolerância de 0,25 ponto do PIB. Um mês atrás, a projeção estava em 0,66%.
Nominal
A estimativa intermediária do Focus para o déficit nominal de 2024 se manteve em 7,30% do PIB. Há um mês, a projeção era de 7,25%. A estimativa intermediária para 2025 sugere déficit nominal de 6,50% do PIB, mesmo nível da última semana e de um mês atrás.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após o gasto com juros e outras despesas financeiras.
A mediana para a dívida líquida do setor público como proporção do PIB seguiu em 63,70% em 2024, mesmo indicador de um mês antes A estimativa intermediária para 2025 passou de 66,0% para 66,20%, contra 66,0% um mês antes.
Os números seguem distantes da meta deste ano, de déficit zero, com tolerância de 0,25 ponto porcentual do PIB para mais ou para menos. Mesmo após ter anunciado uma contenção de R$ 15 bilhões em gastos, o próprio governo espera obter um déficit primário de R$ 28,8 bilhões em 2024, exatamente em linha com o piso do alvo
A mediana do Focus para o déficit primário de 2025 permaneceu em 0,70% do PIB a meta do ano que vem também é de déficit zero, com tolerância de 0,25 ponto do PIB. Um mês atrás, a projeção estava em 0,66%.
Nominal
A estimativa intermediária do Focus para o déficit nominal de 2024 se manteve em 7,30% do PIB. Há um mês, a projeção era de 7,25%. A estimativa intermediária para 2025 sugere déficit nominal de 6,50% do PIB, mesmo nível da última semana e de um mês atrás.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após o gasto com juros e outras despesas financeiras.
A mediana para a dívida líquida do setor público como proporção do PIB seguiu em 63,70% em 2024, mesmo indicador de um mês antes A estimativa intermediária para 2025 passou de 66,0% para 66,20%, contra 66,0% um mês antes.
Selic
A mediana do relatório Focus do Banco Central para a taxa Selic no fim de 2025 se manteve em 9,75% após a divulgação da última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que informou que "não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado". Na decisão do último dia 31, o colegiado manteve a Selic em 10,5% pela segunda reunião consecutiva.
Considerando apenas as 80 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para a Selic no fim de 2025 subiu de 9,5% para 9,75%.
A estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim deste ano permaneceu em 10,5% pela oitava semana consecutiva. Considerando apenas as 82 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, também continuou neste nível. O mercado também manteve o consenso de que os juros encerrarão 2026 e 2027 em 9%.
Considerando apenas as 80 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para a Selic no fim de 2025 subiu de 9,5% para 9,75%.
A estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim deste ano permaneceu em 10,5% pela oitava semana consecutiva. Considerando apenas as 82 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, também continuou neste nível. O mercado também manteve o consenso de que os juros encerrarão 2026 e 2027 em 9%.
Dólar
A mediana do relatório Focus do Banco Central para o dólar no fim de 2024 se estabilizou em R$ 5,30, contra R$ 5,22 um mês atrás, conforme divulgação realizada na manhã desta segunda. A estimativa intermediária para o fim de 2025 também se manteve em R$ 5,30, contra R$ 5,20 quatro semanas antes.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
Déficit em transações corrente
A mediana do relatório Focus do Banco Central para o déficit em transações correntes de 2024 diminuiu de US$ 38,2 bilhões para US$ 38,0 bilhões, a quarta redução consecutiva. Um mês antes, estava em US$ 40,40 bilhões.
A estimativa intermediária para 2025 passou de déficit de US$ 43,25 bilhões para um saldo negativo de US$ 43,60 bilhões, o mesmo nível de quatro semanas antes.
Segundo o Focus, os déficits em conta corrente devem continuar sendo confortavelmente financiados pelo Investimento Direto no País (IDP).
A mediana para a rubrica em 2024 subiu de US$ 69,59 bilhões para US$ 69,80 bilhões, contra US$ 70,0 bilhões um mês antes. Para 2025, passou de US$ 71,60 bilhões para US$ 71,20 bilhões, ante US$ 74,0 bilhões quatro semanas atrás.
A estimativa intermediária do mercado para o superávit comercial de 2024 subiu de US$ 82,0 bilhões para US$ 82,44 bilhões, contra US$ 82,0 bilhões um mês antes.
Para 2025, recuou de US$ 78,0 bilhões para US$ 77,15 bilhões, contra US$ 76,30 bilhões quatro semanas atrás.
A estimativa intermediária para 2025 passou de déficit de US$ 43,25 bilhões para um saldo negativo de US$ 43,60 bilhões, o mesmo nível de quatro semanas antes.
Segundo o Focus, os déficits em conta corrente devem continuar sendo confortavelmente financiados pelo Investimento Direto no País (IDP).
A mediana para a rubrica em 2024 subiu de US$ 69,59 bilhões para US$ 69,80 bilhões, contra US$ 70,0 bilhões um mês antes. Para 2025, passou de US$ 71,60 bilhões para US$ 71,20 bilhões, ante US$ 74,0 bilhões quatro semanas atrás.
A estimativa intermediária do mercado para o superávit comercial de 2024 subiu de US$ 82,0 bilhões para US$ 82,44 bilhões, contra US$ 82,0 bilhões um mês antes.
Para 2025, recuou de US$ 78,0 bilhões para US$ 77,15 bilhões, contra US$ 76,30 bilhões quatro semanas atrás.
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