Publicado 19/08/2024 09:35 | Atualizado 28/10/2024 09:37
As projeções dos analistas para a inflação de 2024 e para a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro subiram nesta semana, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 19, pelo Relatório Focus do Banco Central. A pesquisa realizada com economistas é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC).
PublicidadeA mediana do relatório subiu pela quinta semana consecutiva, de 4,20% para 4,22%, distanciando-se ainda mais do centro da meta, de 3%. Um mês antes, era de 4,05%. A estimativa intermediária para a inflação de 2025 cedeu de 3,97% para 3,91%, a segunda baixa seguida. Um mês antes, ela estava em 3,90%.
Considerando apenas as 54 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana do mercado para o IPCA de 2024 caiu de 4,22% para 4,21%. A projeção para a inflação de 2025 cedeu de 3,90% para 3,87%, levando em conta apenas as 54 atualizações no período.
No último ciclo de comunicações, o Comitê de Política Monetária (Copom) informou que considera o primeiro trimestre de 2026 como o seu horizonte relevante. O colegiado espera que a inflação acumulada em 12 meses alcance 3,4% no período, no cenário de referência, ou 3,2%, no cenário com a Selic estável em 10,5%.
O BC espera inflação de 4,2% este ano e 3,6% no ano que vem, no cenário de referência. No cenário alternativo, projeta-se IPCA de 4,2% em 2024 e 3,4% em 2025.
As medianas para os horizontes mais longos também se mantiveram descoladas do centro da meta, em 3,60% no caso de 2026 e 3,50% em 2027, pela 11ª e 59ª semana consecutiva, respectivamente.
Na semana passada, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse em um evento organizado pelo banco Barclays, em São Paulo, que a autoridade monetária está "muito incomodada" com a desancoragem das expectativas em relação ao alvo e prometeu fazer o necessário para corrigir esse desvio.
"Não estamos dando um guidance, mas faremos o que for necessário para levar a inflação à meta - e, se aumentar os juros for necessário, nós aumentaremos", ele afirmou, reforçando que o BC vai perseguir a meta independentemente de quem seja seu próximo presidente. O mandato de Campos Neto termina em 31 de dezembro.
Curto prazo
O mercado manteve praticamente estáveis as projeções para a inflação nos próximos meses. A mediana do relatório Focus para o IPCA de agosto se manteve em 0,10%, contra 0,15% um mês antes. A estimativa intermediária para setembro foi ajustada de 0,22% para 0,23%, ante 0,20% quatro semanas atrás, enquanto a projeção para outubro ficou em 0,30%, mesmo nível de um mês antes.
Projeção suavizada
A mediana do relatório Focus para a inflação suavizada dos próximos 12 meses se manteve em 3,73%. Um mês atrás, ela era de 3,74%. Essa medida deve ganhar importância nas análises do mercado após a regulamentação da meta de inflação contínua, que valerá a partir de 2025.
O novo regime prevê que o cumprimento da meta seja apurado com base na inflação acumulada em 12 meses. Se a taxa ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, será considerado que o Banco Central descumpriu o alvo.
A meta continua tendo como centro 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Ela pode ser alterada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), por iniciativa do ministro da Fazenda, mas é necessário aguardar um prazo de 36 meses para que uma mudança tenha efeito.
Considerando apenas as 54 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana do mercado para o IPCA de 2024 caiu de 4,22% para 4,21%. A projeção para a inflação de 2025 cedeu de 3,90% para 3,87%, levando em conta apenas as 54 atualizações no período.
No último ciclo de comunicações, o Comitê de Política Monetária (Copom) informou que considera o primeiro trimestre de 2026 como o seu horizonte relevante. O colegiado espera que a inflação acumulada em 12 meses alcance 3,4% no período, no cenário de referência, ou 3,2%, no cenário com a Selic estável em 10,5%.
O BC espera inflação de 4,2% este ano e 3,6% no ano que vem, no cenário de referência. No cenário alternativo, projeta-se IPCA de 4,2% em 2024 e 3,4% em 2025.
As medianas para os horizontes mais longos também se mantiveram descoladas do centro da meta, em 3,60% no caso de 2026 e 3,50% em 2027, pela 11ª e 59ª semana consecutiva, respectivamente.
Na semana passada, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse em um evento organizado pelo banco Barclays, em São Paulo, que a autoridade monetária está "muito incomodada" com a desancoragem das expectativas em relação ao alvo e prometeu fazer o necessário para corrigir esse desvio.
"Não estamos dando um guidance, mas faremos o que for necessário para levar a inflação à meta - e, se aumentar os juros for necessário, nós aumentaremos", ele afirmou, reforçando que o BC vai perseguir a meta independentemente de quem seja seu próximo presidente. O mandato de Campos Neto termina em 31 de dezembro.
Curto prazo
O mercado manteve praticamente estáveis as projeções para a inflação nos próximos meses. A mediana do relatório Focus para o IPCA de agosto se manteve em 0,10%, contra 0,15% um mês antes. A estimativa intermediária para setembro foi ajustada de 0,22% para 0,23%, ante 0,20% quatro semanas atrás, enquanto a projeção para outubro ficou em 0,30%, mesmo nível de um mês antes.
Projeção suavizada
A mediana do relatório Focus para a inflação suavizada dos próximos 12 meses se manteve em 3,73%. Um mês atrás, ela era de 3,74%. Essa medida deve ganhar importância nas análises do mercado após a regulamentação da meta de inflação contínua, que valerá a partir de 2025.
O novo regime prevê que o cumprimento da meta seja apurado com base na inflação acumulada em 12 meses. Se a taxa ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, será considerado que o Banco Central descumpriu o alvo.
A meta continua tendo como centro 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Ela pode ser alterada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), por iniciativa do ministro da Fazenda, mas é necessário aguardar um prazo de 36 meses para que uma mudança tenha efeito.
PIB
A mediana do relatório para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2024 subiu de 2,20% para 2,23%, após o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado na sexta-feira, 16, ter mostrado uma forte expansão da economia brasileira em junho e no segundo trimestre
Considerando apenas as 47 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa intermediária para o crescimento do PIB de 2024 subiu de 2,24% para 2,30%.
Na última sexta-feira, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse em um evento organizado pelo banco Barclays, em São Paulo, que o mercado provavelmente aumentaria as projeções de crescimento da economia brasileira este ano para mais do que 2,5%, devido às surpresas com a atividade.
Também na sexta, economistas do mercado que se reuniram com diretores do BC reforçaram que o hiato do produto continua apertado e o mercado de trabalho, aquecido.
A mediana do relatório Focus para a alta do PIB de 2025 caiu de 1,92% para 1,89%, provavelmente considerando uma trajetória de juros mais alta, já que a estimativa intermediária para a taxa Selic no fim do ano que vem avançou. Levando em conta só as 45 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, cedeu de 1,92% para 1,85%.
Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2%, como já estão há 54 semanas e 56 semanas, respectivamente.
A última estimativa divulgada pelo BC, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, indicava crescimento de 2,3% para o PIB brasileiro este ano. O Ministério da Fazenda espera que o PIB brasileiro cresça 2,5% em 2024.
Considerando apenas as 47 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa intermediária para o crescimento do PIB de 2024 subiu de 2,24% para 2,30%.
Na última sexta-feira, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse em um evento organizado pelo banco Barclays, em São Paulo, que o mercado provavelmente aumentaria as projeções de crescimento da economia brasileira este ano para mais do que 2,5%, devido às surpresas com a atividade.
Também na sexta, economistas do mercado que se reuniram com diretores do BC reforçaram que o hiato do produto continua apertado e o mercado de trabalho, aquecido.
A mediana do relatório Focus para a alta do PIB de 2025 caiu de 1,92% para 1,89%, provavelmente considerando uma trajetória de juros mais alta, já que a estimativa intermediária para a taxa Selic no fim do ano que vem avançou. Levando em conta só as 45 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, cedeu de 1,92% para 1,85%.
Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2%, como já estão há 54 semanas e 56 semanas, respectivamente.
A última estimativa divulgada pelo BC, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, indicava crescimento de 2,3% para o PIB brasileiro este ano. O Ministério da Fazenda espera que o PIB brasileiro cresça 2,5% em 2024.
Selic
A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 subiu pela segunda semana consecutiva, de 9,75% para 10%, indicando um orçamento total de cortes de apenas 0,5 ponto percentual no ano que vem. A projeção para a taxa básica de juros no fim de 2024 se manteve em 10,5% pela nona semana consecutiva.
Na semana passada, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou em duas ocasiões que a autoridade monetária fará o que for preciso para garantir a convergência das expectativas de inflação para o centro da meta, de 3%.
Em uma audiência pública na Câmara dos Deputados, na terça-feira, ele reforçou que o Comitê de Política Monetária (Copom) tem votado de forma unânime para garantir a convergência do IPCA. Na sexta, em um evento organizado pelo Barclays, em São Paulo, reforçou que uma alta de juros está na mesa, se necessária.
"Não estamos dando um guidance, mas faremos o que for necessário para levar a inflação à meta - e, se aumentar os juros for necessário, nós aumentaremos", ele afirmou, reforçando que o BC vai perseguir a meta independentemente de quem seja seu próximo presidente.
Considerando apenas as 53 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para a taxa Selic no fim de 2024 se manteve em 10,5%. A estimativa intermediária para os juros no fim de 2025 subiu de 9,75% para 10%, também incorporando apenas as 52 atualizações da semana passada. O mercado manteve o consenso de que os juros encerrarão 2026 e 2027 em 9%.
Na semana passada, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou em duas ocasiões que a autoridade monetária fará o que for preciso para garantir a convergência das expectativas de inflação para o centro da meta, de 3%.
Em uma audiência pública na Câmara dos Deputados, na terça-feira, ele reforçou que o Comitê de Política Monetária (Copom) tem votado de forma unânime para garantir a convergência do IPCA. Na sexta, em um evento organizado pelo Barclays, em São Paulo, reforçou que uma alta de juros está na mesa, se necessária.
"Não estamos dando um guidance, mas faremos o que for necessário para levar a inflação à meta - e, se aumentar os juros for necessário, nós aumentaremos", ele afirmou, reforçando que o BC vai perseguir a meta independentemente de quem seja seu próximo presidente.
Considerando apenas as 53 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para a taxa Selic no fim de 2024 se manteve em 10,5%. A estimativa intermediária para os juros no fim de 2025 subiu de 9,75% para 10%, também incorporando apenas as 52 atualizações da semana passada. O mercado manteve o consenso de que os juros encerrarão 2026 e 2027 em 9%.
Dólar
A mediana do relatório Focus para o dólar no fim de 2024 oscilou para cima, para R$ 5,31, depois de ter se mantido em R$ 5,30 pelas últimas três edições do boletim. A estimativa intermediária para o fim de 2025 continuou em R$ 5,30, contra R$ 5,23 quatro semanas atrás.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
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