Publicado 21/08/2024 17:33
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a previsão para que as indicações para o Banco Central sejam feitas em agosto depende de uma decisão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro disse que irá se reunir com o chefe do Executivo para saber o resultado da conversa entre ele e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre o tema.
PublicidadeAs declarações ocorreram no período da tarde desta quarta-feira, 21, após cerimônia de assinatura do Pacto pela Transformação Ecológica entre os Três Poderes do Estado Brasileiro, no Palácio do Planalto. Segundo o ministro, Lula ficou de falar com Pacheco sobre as indicações para o BC.
O encontro entre o Lula e o senador ocorreu na terça-feira, 20. "Vou saber do resultado da conversa", disse Haddad a jornalistas.
O governo vê uma brecha para votar os indicados nas próximas semanas, diante do esforço concentrado de votação que o Congresso deve fazer no início de setembro, antes das eleições municipais.
O Executivo precisa entregar o nome do substituto do presidente do BC, Roberto Campos Neto, e de dois diretores, cujos mandatos expiram no fim deste ano. Ao que tudo indica, o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, deve ser o sucessor de Campos Neto. O nome do diretor ainda não está batido por Lula, mas seu favoritismo vem sendo intensificado.
Caso Galípolo seja o indicado para a presidência da instituição, o governo terá que nomear mais um diretor para a vaga deixada por ele. As indicações, contudo, não precisam necessariamente caminhar juntas.
Diante dessa avaliação, o chefe do Executivo federal pretende definir o novo nome à presidência do banco ainda em agosto, mas quer alinhar com Pacheco para evitar que haja desgaste ao indicado enquanto aguarda a sabatina. Em meio a esta procura por uma janela, fontes da equipe econômica informaram ao Broadcast que ainda não há decisão sobre os novos integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom) e que convites sequer foram feitos.
Desoneração
Na declaração desta quarta-feira, Haddad avaliou que, após o acordo firmado na terça sobre as emendas parlamentares, a votação da desoneração deve avançar.
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