Publicado 24/09/2024 13:56
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou que as queimadas já deram prejuízos de R$ 1,5 bilhão a Goiás, valor equivalente a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. As declarações ocorreram durante o painel "Brasil 2025/26: As oportunidades nos Estados", em conferência do Banco Safra, em São Paulo, nesta terça-feira, 24.
Publicidade"Nós precisamos ter uma retaguarda maior dentro do federalismo, porque nós não podemos admitir que, até o Congresso se reunir para tratar de um assunto que é específico de alguns Estados, o Estado já queimou todo", declarou o governador.
E acrescentou: "Tanto é que nós já fizemos um cálculo. Goiás teve uma perda de R$ 1,5 bilhão, o que está comprometendo hoje 0,4% do PIB do Estado de Goiás."
Na sequência, Caiado criticou o governo federal no combate às queimadas. "Então, isto é uma irresponsabilidade muito grande, porque o governo federal não só não atendeu no Rio Grande do Sul, como não atendeu nas enchentes e não atendeu nas queimadas. Não tinha plano nenhum. Fez uma reunião na semana passada para dizer que ia mandar 100 bombeiros militares para Goiás. O que isso significa?", questionou.
Seguro rural
O governador de Goiás criticou ainda a falta de um seguro rural no Brasil. "Eu ouvi do vice-presidente mundial da John Deere um detalhe interessante que quero transmitir aqui. Ele disse: governador, o senhor sabe que os produtores que mais absorvem tecnologia, e falo pela John Deere, são os brasileiros? E eu falei, mas por quê?", contou.
E continuou: "Ele falou: por uma coisa simples. Porque o produtor rural brasileiro tem que arriscar a vida dele toda, jogar na safra dele com tudo, porque não tem seguro. Se ele perder uma safra nos Estados Unidos ou na Europa, ele tem um seguro agrícola e ele tem a tranquilidade de ficar. Aqui, se ele perder a safra, ele quebra e vai ter que entregar a fazenda dele, porque não tem condição de pagar as dívidas."
Na sequência, o governador afirmou que até hoje o Brasil não tem seguro rural: "É algo impressionante, num país em que a base da economia dele é exatamente a agropecuária."
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