Alimentação fora do domicílio aumentou 0,65% em outubroMarcelo Camargo / Agência Brasil
Publicado 08/11/2024 11:33
O grupo Alimentação e Bebidas saiu de um avanço de 0,50% em setembro para alta de 1,06% em outubro, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo contribuiu com 0,23 ponto porcentual para a taxa de 0,56% do IPCA do último mês.
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A alimentação no domicílio aumentou 1,22% em outubro. Os destaques foram os aumentos nos preços das carnes (5,81%), especialmente nos cortes acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%).
Houve altas também no tomate (9,82%) e no café moído (4,01%). Por outro lado, ficaram mais baratos a manga (-17,97%), o mamão (-17,83%) e a cebola (-16,04%).
A alimentação fora do domicílio aumentou 0,65% em outubro. O lanche subiu 0,88%, enquanto a refeição fora de casa avançou 0,53%.
Transportes
Os gastos das famílias com Transportes passaram de uma elevação de 0,14% em setembro para uma queda de 0,38% em outubro. O grupo deu uma contribuição de -0,08 ponto porcentual para a taxa de 0,56% registrada pelo IPCA de outubro.
O recuo no grupo foi influenciado pela queda de 11,50% das passagens aéreas, maior impacto negativo sobre o IPCA, -0,07 ponto porcentual.
Os combustíveis recuaram 0,17%. Houve quedas na gasolina (-0,13%), óleo diesel (-0,20%) e etanol (-0,56%), mas alta no gás veicular (0,48%).
Houve reduções também em trem (-4,80%), metrô (-4,63%), ônibus urbano (-3,51%) e integração transporte público (-3,04%) em outubro, em decorrência das gratuidades concedidas à população nos dias das eleições municipais.
Habitação
As famílias brasileiras gastaram 1,49% a mais com Habitação em outubro (ante alta de 1,80% em setembro), uma contribuição de 0,23 ponto porcentual para a taxa de 0,56% registrada pelo IPCA no mês passado, informou o IBGE.
A energia elétrica residencial passou de uma elevação de 5,36% em setembro para uma alta de 4,74% em outubro, item de maior impacto sobre o IPCA do mês, 0,20 ponto porcentual.
O avanço foi devido ao acionamento da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos. Além disso, houve reajustes tarifários: de 4,97% em Goiânia, a partir de 22 de outubro; de -2,98% em Brasília, a partir de 22 de outubro; e de -2,88% em uma das concessionárias de São Paulo, a partir de 23 de outubro.
"Houve reajustes em algumas áreas, porém, o efeito da bandeira vermelha patamar 2 fez com que a energia elétrica fosse o subitem de maior impacto em outubro", apontou André Almeida, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.
Saúde e Cuidados Pessoais
Os gastos das famílias com Saúde e Cuidados Pessoais passaram de uma elevação de 0,46% em setembro para uma alta de 0,38% em outubro. O grupo deu uma contribuição de 0,05 ponto porcentual para a taxa de 0,56% registrada pelo IPCA de outubro.
O avanço no grupo foi influenciado pela alta de 0,53% no subitem plano de saúde.
"Houve aplicação de reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, com vigência retroativa a partir de julho. Desse modo, no IPCA de outubro foram apropriadas as frações mensais dos planos antigos relativas aos meses de julho, agosto, setembro e outubro", informou o IBGE.
O plano de saúde figurou no ranking de maiores pressões sobre a inflação do mês, com contribuição de 0,02 ponto porcentual.
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