Publicado 09/12/2024 09:31 | Atualizado 09/12/2024 09:32
As projeções dos analistas para a inflação de 2024 e para a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro subiram nesta semana, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 9, pelo Relatório Focus do Banco Central. A pesquisa realizada com economistas é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC).
PublicidadeA mediana do relatório Focus para o IPCA de 2024 subiu de 4,71% para 4,84%, acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, a projeção era de 4,62%. Considerando apenas as 110 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana passou de 4,82% para 4,85%.
A mediana para a inflação de 2025 subiu de 4,40% para 4,59%, acima do teto da meta, de 4,50%. A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o BC terá descumprido o alvo.
Considerando as 109 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para o IPCA de 2025 passou de 4,39% para 4,73%.
A mediana para a inflação de 2026 subiu de 3,81% para 4,0%, distanciando-se do centro da meta pela sexta semana seguida. A projeção para 2027 aumentou de 3,50% para 3,58%.
O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o segundo trimestre de 2026 como horizonte relevante da política monetária. O colegiado espera um IPCA de 3,60% nos quatro trimestres fechados nesse período, no cenário com a taxa Selic do Focus e dólar começando em R$ 5,75 e evoluindo conforme a paridade do poder de compra (PPC).
Também no cenário de referência, o Banco Central espera que o IPCA termine 2024 em 4,60% e desacelere a 3,90% em 2025.
Inflação acumulada
As medianas do relatório Focus para o IPCA mensal de novembro a janeiro indicam que a inflação deve somar 0,96% no período. A projeção está quase 0,3 ponto percentual abaixo do relatório da semana passada, quando era de 1,23%.
Toda a queda na estimativa é explicada pela mediana para o IPCA de janeiro, que caiu de 0,44% para 0,04%. Esse movimento provavelmente reflete a incorporação do bônus de Itaipu nas contas de luz no primeiro mês de 2025.
A mediana para o IPCA de novembro, que será divulgado nesta terça-feira, 10, subiu de 0,27% para 0,35%. A projeção para o IPCA de dezembro avançou de 0,52% para 0,57%.
Considerando as 109 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para o IPCA de 2025 passou de 4,39% para 4,73%.
A mediana para a inflação de 2026 subiu de 3,81% para 4,0%, distanciando-se do centro da meta pela sexta semana seguida. A projeção para 2027 aumentou de 3,50% para 3,58%.
O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o segundo trimestre de 2026 como horizonte relevante da política monetária. O colegiado espera um IPCA de 3,60% nos quatro trimestres fechados nesse período, no cenário com a taxa Selic do Focus e dólar começando em R$ 5,75 e evoluindo conforme a paridade do poder de compra (PPC).
Também no cenário de referência, o Banco Central espera que o IPCA termine 2024 em 4,60% e desacelere a 3,90% em 2025.
Inflação acumulada
As medianas do relatório Focus para o IPCA mensal de novembro a janeiro indicam que a inflação deve somar 0,96% no período. A projeção está quase 0,3 ponto percentual abaixo do relatório da semana passada, quando era de 1,23%.
Toda a queda na estimativa é explicada pela mediana para o IPCA de janeiro, que caiu de 0,44% para 0,04%. Esse movimento provavelmente reflete a incorporação do bônus de Itaipu nas contas de luz no primeiro mês de 2025.
A mediana para o IPCA de novembro, que será divulgado nesta terça-feira, 10, subiu de 0,27% para 0,35%. A projeção para o IPCA de dezembro avançou de 0,52% para 0,57%.
PIB
A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 subiu de 3,22% para 3,39%, na primeira edição do boletim após a surpresa com o crescimento da atividade no terceiro trimestre. Considerando apenas as 76 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana passou de 3,28% para 3,44%.
O PIB cresceu 0,9% no terceiro trimestre deste ano, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última terça-feira, 3. O resultado ficou acima da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,8%, e deixou carrego estatístico positivo de 3% para este ano.
A estimativa intermediária para 2025 passou de 1,95% para 2,0%, contra 1,94% um mês antes. Levando em conta apenas as 76 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana oscilou de 2,0% para 2,06%.
Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2,0%, como já estão há 70 e 72 semanas, respectivamente.
O PIB cresceu 0,9% no terceiro trimestre deste ano, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última terça-feira, 3. O resultado ficou acima da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,8%, e deixou carrego estatístico positivo de 3% para este ano.
A estimativa intermediária para 2025 passou de 1,95% para 2,0%, contra 1,94% um mês antes. Levando em conta apenas as 76 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana oscilou de 2,0% para 2,06%.
Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2,0%, como já estão há 70 e 72 semanas, respectivamente.
Selic
A mediana do relatório Focus para a taxa Selic no fim de 2024 subiu de 11,75% para 12,0%, indicando que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve aumentar os juros em 0,75 ponto percentual na reunião desta quarta-feira, 11. Considerando apenas as 105 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a expectativa também é de que a taxa feche este ano em 12,0%.
A estimativa intermediária para o fim de 2025 subiu quase 1 ponto percentual, de 12,63% para 13,50%, refletindo a expectativa de que o ciclo de aperto terá de se estender ao longo do ano que vem. Considerando apenas as 105 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana sugere alta da Selic a 13,75% - o pico recente alcançado pelos juros em 2022.
A mediana para a Selic no fim de 2026 subiu pela segunda semana consecutiva, de 10,50% para 11,0%. A projeção para o fim de 2027 também avançou, de 9,50% para 10,0%. Um mês antes, elas estavam em 10,0% e 9,25%, respectivamente.
A estimativa intermediária para o fim de 2025 subiu quase 1 ponto percentual, de 12,63% para 13,50%, refletindo a expectativa de que o ciclo de aperto terá de se estender ao longo do ano que vem. Considerando apenas as 105 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana sugere alta da Selic a 13,75% - o pico recente alcançado pelos juros em 2022.
A mediana para a Selic no fim de 2026 subiu pela segunda semana consecutiva, de 10,50% para 11,0%. A projeção para o fim de 2027 também avançou, de 9,50% para 10,0%. Um mês antes, elas estavam em 10,0% e 9,25%, respectivamente.
Dólar
A mediana do relatório Focus para a cotação do dólar no fim de 2024 subiu em R$ 0,25, de R$ 5,70 para R$ 5,95. Um mês antes, estava em R$ 5,55. Considerando apenas as 86 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa passou de R$ 5,77 para R$ 6,00.
A estimativa para o fim de 2025 aumentou de R$ 5,60 para R$ 5,77, enquanto a projeção para o dólar no fim de 2026 subiu de R$ 5,60 para R$ 5,73. A estimativa para a cotação da moeda americana no fim de 2027 avançou de R$ 5,50 para R$ 5,69.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
A estimativa para o fim de 2025 aumentou de R$ 5,60 para R$ 5,77, enquanto a projeção para o dólar no fim de 2026 subiu de R$ 5,60 para R$ 5,73. A estimativa para a cotação da moeda americana no fim de 2027 avançou de R$ 5,50 para R$ 5,69.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
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