Publicado 16/12/2024 09:10
As projeções dos analistas para a inflação de 2024 e para a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro subiram nesta semana, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 16, pelo Relatório Focus do Banco Central. A pesquisa realizada com economistas é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC).
PublicidadeA mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 subiu pela nona semana consecutiva, de 4,59% para 4,60% - acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, a projeção era de 4,12%. Considerando apenas as 52 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana passou de 4,73% para 4,63%.
A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. O centro continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou menos (1,5% a 4,5%). Se a inflação ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o BC terá descumprido o alvo.
A estimativa intermediária para a inflação de 2024 passou de 4,84% para 4,89%, também acima do teto, de 4,50%. Quatro semanas atrás, estava em 4,64%. Levando em conta apenas as 52 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa passou de 4,85% para 4,93%.
Na última terça-feira (10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA avançou 0,39% em novembro, acima da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,36%.
No Focus, a mediana para a inflação de 2026 continuou em 4,0%, interrompendo uma sequência de seis semanas de alta. A projeção para 2027 avançou de 3,58% para 3,66%, o segundo aumento consecutivo.
O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o segundo trimestre de 2026 como horizonte relevante da política monetária O colegiado espera um IPCA de 4,0% nos quatro trimestres fechados nesse período, no cenário com a taxa Selic do Focus e dólar começando em R$ 5,95 e evoluindo conforme a paridade do poder de compra (PPC).
Também no cenário de referência, o Banco Central espera que o IPCA termine 2024 em 4,90% e desacelere a 4,50% em 2025.
A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. O centro continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou menos (1,5% a 4,5%). Se a inflação ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o BC terá descumprido o alvo.
A estimativa intermediária para a inflação de 2024 passou de 4,84% para 4,89%, também acima do teto, de 4,50%. Quatro semanas atrás, estava em 4,64%. Levando em conta apenas as 52 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa passou de 4,85% para 4,93%.
Na última terça-feira (10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA avançou 0,39% em novembro, acima da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,36%.
No Focus, a mediana para a inflação de 2026 continuou em 4,0%, interrompendo uma sequência de seis semanas de alta. A projeção para 2027 avançou de 3,58% para 3,66%, o segundo aumento consecutivo.
O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o segundo trimestre de 2026 como horizonte relevante da política monetária O colegiado espera um IPCA de 4,0% nos quatro trimestres fechados nesse período, no cenário com a taxa Selic do Focus e dólar começando em R$ 5,95 e evoluindo conforme a paridade do poder de compra (PPC).
Também no cenário de referência, o Banco Central espera que o IPCA termine 2024 em 4,90% e desacelere a 4,50% em 2025.
PIB
A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 subiu de 3,39% para 3,42%, a quarta alta consecutiva. Um mês antes, a estimativa era de 3,10%. Considerando apenas as 31 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a projeção passou de 3,44% para 3,49%.
Na última sexta-feira, 13, o Banco Central informou que seu índice de atividade econômica (IBC-Br) cresceu 0,14% em outubro. O resultado, acima da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de variação zero, mostrou que a economia brasileira começou o quarto trimestre com fôlego maior do que se esperava. No terceiro trimestre, o PIB cresceu 0,9%, mais do que se previa.
A estimativa intermediária para 2025 passou de 2,0% para 2,01%, contra 1,94% um mês antes. Levando em conta apenas as 31 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana oscilou de 2,06% para 2,10%.
Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2,0%, como já estão há 71 e 73 semanas, respectivamente.
Na última sexta-feira, 13, o Banco Central informou que seu índice de atividade econômica (IBC-Br) cresceu 0,14% em outubro. O resultado, acima da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de variação zero, mostrou que a economia brasileira começou o quarto trimestre com fôlego maior do que se esperava. No terceiro trimestre, o PIB cresceu 0,9%, mais do que se previa.
A estimativa intermediária para 2025 passou de 2,0% para 2,01%, contra 1,94% um mês antes. Levando em conta apenas as 31 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana oscilou de 2,06% para 2,10%.
Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2,0%, como já estão há 71 e 73 semanas, respectivamente.
Selic
A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 saltou de 13,50% para 14,0%, no primeiro boletim divulgado após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) da última quarta-feira, 11. O colegiado elevou os juros em 1 ponto porcentual, de 11,25% para 12,25%, e sinalizou mais dois aumentos da mesma magnitude - que levariam a taxa a 14,25% em março do ano que vem, o maior nível desde 2016.
Considerando apenas as 64 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim de 2025 aumentou de 13,75% para 14,50%.
A estimativa intermediária para os juros no fim de 2026 subiu de 11,0% para 11,25%, contra 10,0% um mês antes. A projeção para o fim de 2027 se estabilizou em 10,0%, 0,75 ponto porcentual acima do nível de 9,25% esperado quatro semanas atrás.
Na última quarta-feira, o Copom afirmou que a materialização de riscos desde a sua reunião anterior, de novembro, tornou o cenário "menos incerto e mais adverso." O colegiado aumentou as suas projeções de inflação para 2024 (4,60% para 4,90%), para 2025 (3,90% para 4,50%) e para o segundo trimestre de 2026, horizonte relevante da política monetária (3,60% para 4,0%). Mesmo assim, manteve o balanço de riscos assimétrico para cima.
O colegiado afirmou, ainda, que a reação dos agentes ao pacote de ajuste fiscal do governo levou a uma "dinâmica inflacionária mais adversa", por meio de impactos nas expectativas de inflação, no prêmio de risco e na taxa de câmbio.
"O cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, dinamismo acima do esperado na atividade e maior abertura do hiato do produto, o que exige uma política monetária ainda mais contracionista", diz o comunicado da decisão.
Considerando apenas as 64 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim de 2025 aumentou de 13,75% para 14,50%.
A estimativa intermediária para os juros no fim de 2026 subiu de 11,0% para 11,25%, contra 10,0% um mês antes. A projeção para o fim de 2027 se estabilizou em 10,0%, 0,75 ponto porcentual acima do nível de 9,25% esperado quatro semanas atrás.
Na última quarta-feira, o Copom afirmou que a materialização de riscos desde a sua reunião anterior, de novembro, tornou o cenário "menos incerto e mais adverso." O colegiado aumentou as suas projeções de inflação para 2024 (4,60% para 4,90%), para 2025 (3,90% para 4,50%) e para o segundo trimestre de 2026, horizonte relevante da política monetária (3,60% para 4,0%). Mesmo assim, manteve o balanço de riscos assimétrico para cima.
O colegiado afirmou, ainda, que a reação dos agentes ao pacote de ajuste fiscal do governo levou a uma "dinâmica inflacionária mais adversa", por meio de impactos nas expectativas de inflação, no prêmio de risco e na taxa de câmbio.
"O cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, dinamismo acima do esperado na atividade e maior abertura do hiato do produto, o que exige uma política monetária ainda mais contracionista", diz o comunicado da decisão.
Dólar
A mediana do relatório Focus para a cotação do dólar no fim de 2024 subiu de R$ 5,95 para R$ 5,99. Um mês antes, estava em R$ 5,60. A estimativa intermediária para o fim de 2025 aumentou de R$ 5,77 para R$ 5,85, na sétima alta seguida. A projeção para o fim de 2026 subiu de R$ 5,73 para R$ 5,80 e, para o fim de 2027, de R$ 5,69 para R$ 5,70.
A moeda americana fechou a última sexta-feira, 13, em R$ 6,0313, acima da linha de R$ 6,0 pelo segundo dia consecutivo e próxima do pico histórico, de R$ 6,0829.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
A moeda americana fechou a última sexta-feira, 13, em R$ 6,0313, acima da linha de R$ 6,0 pelo segundo dia consecutivo e próxima do pico histórico, de R$ 6,0829.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.