Petrópolis - Um casal de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, decidiu apostar em um negócio inusitado, usando a criatividade para driblar os tempos de vacas magras. Em vez de pagar aluguel para abrir uma loja de roupas, eles decidiram investir para montar o estabelecimento dentro de uma van e rodar pelo país. A iniciativa está dando certo. A van já rodou por cidades do estado do Rio e de Minas Gerais. A ideia é que ainda circule por todo o país.
A iniciativa de montar o 'Moda Truck', como é chamada a loja, surgiu há um ano e já começou a dar resultado. Além de rodar pelas cidades, os empreendedores Diogo e Bruna Barão também fazem atendimentos agendados. Se alguém gostou das peças oferecidas pelo casal, o veículo vai até a porta de casa do cliente. O casal vende roupas e acessórios para ambos os sexos. A van tem banco, espelhos, piso de madeira e muitas luzes.
OPORTUNIDADE
A ideia nasceu quando o casal vendia roupas de porta em porta. Com o aumento da demanda, o carro da família ficou pequeno para as mercadorias. "Primeiro, nós pensamos em comprar uma kombi. Mas logo percebemos que o ideal seria uma van. Os próprios clientes nos motivaram. Eles tiveram influência até na escolha do nome", conta Bruna.
Para montar a loja itinerante, o casal investiu cerca de R$ 100 mil. O empreendimento também já tem página no Facebook, com vídeos e fotos exibindo as peças vendidas. O perfil também anuncia as paradas feitas pela van. Esse tipo de negócio não é exatamente uma novidade no país. Mas quem quiser empreender nessa área, precisa entender do ramo. "É preciso também analisar a viabilidade técnica do empreendimento, além de conhecimento em moda. Assim, será possível contar com bons fornecedores para sempre ter novidades, um pressuposto importante para este negócio", explica Fábio de Azevedo, consultor do Sebrae.
No Brasil, ainda não há uma legislação específica para o segmento dos chamados 'fashion trucks'. Atualmente, a lei que atende esta operação é destinada à venda externa, seja em eventos ou locais privados. Para atuar em locais públicos é necessário autorização das prefeituras.
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