Jair Bolsonaro e Fernando Haddad se enfrentam no segundo turno para Presidência da RepúblicaFernando Frazão / Agência Brasil e Nelson Almeida / AFP
Por O Dia
Publicado 11/10/2018 11:05 | Atualizado 11/10/2018 11:10

Rio - Após os recentes casos de violências envolvendo eleitores, os candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad se pronunciaram sobre o assunto e fizeram um apelo pelo fim da violência. No Twitter, Bolsonaro repudiou os ataques contra seus opositores e afirmou que "dispensa" o voto de quem pratica este tipo de crime.

"Dispensamos voto e qualquer aproximação de quem pratica violência contra eleitores que não votam em mim. A este tipo de gente peço que vote nulo ou na oposição por coerência, e que as autoridades tomem as medidas cabíveis, assim como contra caluniadores que tentam nos prejudicar", disse.

De maneira mais contundente, a declaração de Bolsonaro acontece um dia após o candidato do PSL afirmar em entrevista que "não tem como controlar seus eleitores".

"Essa pergunta não tem que ser invertida? Quem levou a facada fui eu. Agora um cara com uma camisa minha comete lá um excesso, o que eu tenho com isso? Peço ao pessoal que não pratique isso, mas não tenho controle. São milhões e milhões de pessoas que me apoiam. A violência vem do outro lado, a intolerância vem do outro lado. Eu sou a prova, graças a Deus, viva disso daí", afirmou.

Por sua vez, Fernando Haddad também se pronunciou por meio das redes sociais. No Twitter, o candidato do PT se demonstrou "preocupado" com a escalada da violência às vésperas da campanha para o segundo turno das eleições.

"Essa escalada de violência tem que ter fim. Estamos recebendo denúncia de atos violentos em todo o país (...) Isso precisa parar", escreveu.

Agressão e assassinato

Nesta semana, dois casos envolvendo eleitores ganharam repercussão na mídia. Na noite de segunda-feira, uma jovem de 19 anos foi agredida por três homens enquanto voltava para casa. A vítima, que usava uma camisa com os dizeres "Ele Não", teve uma suástica desenhada na barriga com um canivete.

Já na terça-feira, um mestre de capoeira de 63 anos foi morto a facadas, na Bahia, após afirmar que votou no PT. O suspeito, que havia se apresentado como eleitor de Bolsonaro antes de cometer o crime, foi preso e confessou. 

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