Candidatos ao Governo do Rio, Eduardo Paes (DEM) e Wilson Witzel (PSC) participaram de debate na Casa Firjan, em BotafogoMaíra Coelho / Agência O Dia
Por RAFAEL NASCIMENTO
Publicado 11/10/2018 18:41 | Atualizado 11/10/2018 19:13

Rio - Após o debate dos candidatos Eduardo Paes (DEM) e Wilson Witzel (PSC), que concorrem ao segundo turno, na Casa Firjan, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, promovido pela TV Bandeirantes, nesta quinta-feira, Witzel falou com os repórteres. O ex-juiz disse que não responde a nenhum processo, vai dar um "salvo-conduto" para a polícia matar e que 'não precisa ir em comunidade pedir voto para bandido'.

Aos jornalistas, o candidato do PSC chamou o oponente, Eduardo Paes, de desesperado e confirmou que impediu que o advogado Luiz Carlos Azenha, que defendeu o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, de participar de sua campanha ao governo do Rio.

"Eu não respondo a nenhum processo que me impeça de começar e terminar o meu mandato. Vamos trazer de volta a credibilidade que o governador perdeu e tirar essa imagem ruim do estado", alfinetou Witzel, o governador Luiz Fernando Pezão (MDB).

Indagado sobre se dar "salvo-conduto para a polícia matar suspeito" não iria aumentar o número de inocentes mortos, o candidato do PSL disse que "quem mais morre são os policiais". "Quem pratica violência não é o policial, é o bandido que está de fuzil. A gente não pode inverter. Se tem bandido atirando na polícia, o agente pode atirar e neutralizar aquela ameaça. Com a polícia treinada não vai haver inocentes (mortos)", afirmou o ex-magistrado. (A polícia) vai abater bandidos. (Eles) não serão tolerados", enfatizou o político que disse que vai criar uma junta jurídica para "proteger" o policial que estiver envolvido em caso de auto de resistência".

Dando "salvo conduto para a polícia matar", o candidato foi perguntado se iria acabar com a Secretaria de Direitos Humanos. O postulado ao Palácio Guanabara disse que " a Secretaria de Direitos Humanos vai continuar, pois faz um trabalho bem feito" e o Rio precisa ter políticas públicas de educação "contra a violência a quem quer que seja", salientou.

Como O DIA noticiou, o candidato Wilson Witzel teria sido proibido de entrar na Cidade de Deus para fazer campanha política. Hoje, o candidato disse que "não precisa de ir à favela pedir voto de traficante" se esquecendo que em comunidade do Rio não residem só "traficantes". "Eu não vou correr o risco de ir em comunidade para pedir licença para o crime organizado para falar de política. No nosso governo isso vai acabar. O crime organizado jamais irá mandar no Rio", destacou.

Sobre sua relação com o advogado Luiz Carlos Azenha, que defendeu o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, confirmou que ele foi seu ex-aluno, participou de diversas palestras na qual o ex-juiz fez. Em nenhum momento, Witzel citou o nome do colega. "Não posso impedir ninguém de frequentar minhas palestras. Ele acabou querendo vir participar da campanha. Identificamos essa situação pretérita e não deixamos (ele pedir votos para o candidato)", disse o candidato.

Sobre ser chamado de "holograma", minutos antes por Eduardo Paes (DEM), disse que o oponente estava desesperado por está perdendo. "A frase de holograma parece de um candidato em desespero. O que eu quero dizer é que as minhas propostas estão alinhadas às do PSL. Eu tenho uma visão de economia, saúde e educação que estão alinhadas com o Bolsonaro. A população é que deu a resposta. A população do Rio deu a resposta nas urnas e eu estou aqui", disse.

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