A primeira-dama, Michelle BolsonaroSergio Lima / AFP
Publicado 19/08/2022 20:24 | Atualizado 19/08/2022 20:26
A primeira-dama Michelle Bolsonaro, que vem ganhando cada vez mais protagonismo na campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), é mais conhecida do que a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aponta pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19. Segundo o levantamento, Michelle é desconhecida por 39% do eleitorado, enquanto 77% desconhecem Janja.
Os números também mostram que a primeira-dama é mais bem avaliada do que Janja, tendo a imagem positiva para 34% do eleitorado - ante 10% da mulher do petista. Dentro do segmento evangélico, a diferença é ainda maior. Janja é desconhecida por 81% dos eleitores, e Michelle, por 32%. Neste segmento, 52% aprovam a imagem da primeira-dama, e 7%, a de Janja.
Entre os católicos a diferença diminui. Michelle tem imagem positiva para 27% dos eleitores, ante 12% da mulher do petista. Neste segmento, 45% dos entrevistados disseram desconhecer a primeira-dama e 76% não sabem quem é Janja.
A campanha de Bolsonaro aposta no bom trânsito de Michelle entre o eleitorado evangélico. Na última semana, a primeira-dama se envolveu em polêmica ao associar religiões de matrizes afro-brasileiras às "trevas". "Isso pode, né? Eu falar de Deus, não", escreveu ao compartilhou um vídeo de Lula, gravado durante um ritual em Salvador no ano passado.
Apesar do apelo em determinados setores, a pesquisa mostra que, para a maior parte do eleitorado, a imagem das mulheres dos dois candidatos não é decisiva na escolha do voto. Segundo o levantamento, 77% dos entrevistados disseram que Michelle não influencia na escolha do candidato e 81% que disseram o mesmo sobre Janja.
Entre os evangélicos esse número é de 72% para Michelle e 82% para Janja. Já entre os católicos de 80% para ambas. Michelle influencia positivamente 29% dos entrevistados a votar em Bolsonaro no primeiro turno, enquanto Janja influencia 16% dos entrevistados a votar em Lula.
A pesquisa tem nível de confiança de 95%. Foram entrevistadas 2 000 pessoas de 16 anos ou mais, entre os dias 12 e 15 de agosto em todos os Estados do País. A pesquisa foi protocolada junto à Justiça Eleitoral sob o número BR-01167/2022.
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