Carros novos da PMERJDivulgação / PMERJ
Publicado 24/08/2022 01:00
Até o dia 2 de outubro, data em que os eleitores de todo o país irão às urnas para eleger seus candidatos, o Jornal O Dia apresentará uma série de matérias especiais abordando os principais pontos de interesse da população e como eles estão sendo tratados pelos candidatos ao Governo do Estado.
Abrindo a série, nossa equipe fez um levantamento sobre o tema Segurança, apontado como uma das dez principais preocupações dos brasileiros neste ano eleitoral, segundo pesquisa do Datafolha divulgada em março de 2022. O assunto foi citado por 3% dos entrevistados e ficou em oitavo lugar na lista do que vem tirando o sono dos cariocas, atrás de Corrupção (5%), Fome (6%), Educação (9%), Inflação (10%), Desemprego (12%), Economia (15%) e Saúde (22%).
Confira abaixo o que os candidatos ao Palácio Guanabara pretendem fazer para resolver os problemas de Segurança no Rio de Janeiro.

Cláudio Castro (PL)
O governador do Rio propõe a implantação de 15 novas bases da operação Segurança Presente e também da Lei Seca; melhorias nas instalações das unidades policiais militares, com um novo complexo de treinamento e novos materiais; maior transparência e segurança jurídica na atuação policial; ampliação dos programas Cidade Integrada e Bairro Presente; criação de ferramenta estatística para a identificação e antecipação de eventos criminais; construção de um armazém de dados da segurança pública; desenvolvimento de atividade da Geointeligência.

Cyro Garcia (PSTU)
O candidato prevê a desmilitarização da PMERJ; a garantia de direitos democráticos para soldados, cabos, sargentos e suboficiais; dar à polícia o direito de se sindicalizar; a busca por punir os envolvidos em massacres e assassinatos; fazer “justiça pelos assassinatos das negras e negros nas comunidades pela polícia e pelas milícias”, punindo os culpados; criar uma comissão independente com organizações democráticas e dos movimentos sociais. Cyro Garcia propõe que as forças de segurança sejam colocadas na "defesa dos setores mais oprimidos".


Eduardo Serra (PCB)
O candidato pretende criar um programa de segurança pública sem desigualdades, “com a presença do Estado em todas as áreas” e com ações conjuntas com outras políticas, como as de emprego, educação e moradia. Serra propõe extinguir a polícia militar e civil, e criar duas “novas instituições policiais”: uma de caráter investigativo e outra de patrulhamento ostensivo, além de implementar melhorias no sistema prisional. A legalização das drogas é outra pauta, com controle de fabricação e comercialização, políticas de prevenção e tratamento para dependentes.

Juliete Pantoja (UP)
A candidata traz 10 propostas em seu plano de governo para a área, incluindo a reestruturação das polícias Civil e Militar dentro dos limites do atual marco constitucional. Ela também quer alterar os critérios de seleção e o treinamento de novos policiais, com enfoque nos direitos humanos, não letalidade, antirracismo e feminismo. A postulante deseja substituir as operações policiais nas comunidades por ações de inteligência e enfrentar as milícias por meio do afastamento imediato de servidores suspeitos de ter ligação com o crime.

Luiz Eugenio Honorato (PCO)
O candidato do Partido da Causa Operária propõe a dissolução da Polícia Militar e de tudo o que é classificado por seu programa de governo como "aparato repressivo". O postulante ainda fala em fomentar o “direito de autodefesa dos trabalhadores da cidade e do campo”. Para fazer com que esse projeto específico saia do papel, o candidato sugere que sejam criados comitês de autodefesa dos trabalhadores da cidade, do campo e nas comunidades indígenas.

Marcelo Freixo (PSB)
Dentre as propostas do ex-deputado federal, destaca-se a integração do sistema de segurança pública e justiça criminal para garantir a atuação coordenada de seus diferentes órgãos. O programa fala em valorização do Instituto de Segurança Pública, bem como de reconhecimento aos policiais. No plano do postulante estão ainda a criação do programa de controle de uso da força, do Gabinete Integrado de Combate ao Tráfico de Armas, de um novo Plano Diretor do Sistema Prisional e de planos de segurança específicos para cada região.

Paulo Ganime (Novo)
O aspirante do Novo defende a modernização e fortalecimento dos órgãos de segurança pública, combate a organizações criminosas e retomada das áreas dominadas pelo tráfico de drogas e pelas milícias. Ganime inclui ainda como meta a investigação do roubo de cargas e de crimes de “colarinho branco”. O plano de governo também fala em melhoria do sistema prisional. O candidato pretende aumentar o número de vagas nas prisões, promover a ressocialização dos encarcerados e a profissionalização dos agentes penitenciários.

Rodrigo Neves (PDT)
O ex-prefeito de Niterói afirma que, como primeiros compromissos com a segurança, pretende priorizar o policiamento nas ruas, interromper imediatamente a expansão territorial do tráfico e da milícia no estado. Além disso, o candidato propõe estabelecer um amplo programa de reciclagem e treinamento para os policiais, além de criar novas delegacias dedicadas ao atendimento e à investigação de crimes contra idosos.

Wilson Witzel (PMB)
O ex-governador do Rio, que extinguiu a antiga Secretaria de Segurança Pública, propõe criar distritos policiais, com comando integrado e alternado entre oficiais da Polícia Militar e delegados da Civil. O programa inclui também a instituição de uma Universidade da Segurança Pública, junto com um calendário de treinamento para formação e aperfeiçoamento desses servidores. O candidato do PMB prevê a recomposição dos quadros da PM, com a contratação de 5 mil novos agentes e “despolitizar” a corporação.
Outras metas são valorização das carreiras e federalização total ou parcial das forças de segurança.
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