SAO PAULO/SP - 20/08/2022 - POLITICA - O ex presidente Luiz Inacio Lula da Silva, PT, e o ex governador de Sao Paulo, Geraldo Alckmin, PSB, da Coligacao Brasil da Esperanca, promovem o primeiro comicio no estado de Sao Paulo neste sabado, 20, no Vale do Anhangabau, em Sao Paulo. FOTO: ISAAC FONTANA / CJPRESS / ESTADAO CONTEUDOISAAC FONTANA/ESTADÃO CONTEÚDO
Publicado 23/08/2022 20:32
Uma declaração considerada machista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante discurso em comício realizado no sábado provocou polêmica nas redes sociais e foi alvo de críticas de adversários na disputa ao Palácio do Planalto.
"Mão de homem não foi feita para bater em mulher. Quer bater em mulher? Vá bater em outro lugar, mas não dentro da sua casa ou no Brasil, porque nós não podemos aceitar mais isso", disse o petista, no ato político no Vale do Anhangabaú, em São Paulo.
A fala do candidato petista ao Palácio do Planalto - uma referência à Lei Maria da Penha - causou forte reação e serviu de mote para a senadora Simone Tebet (MDB-MS) atacar o adversário.
No mesmo dia, Simone foi ao Twitter para criticar Lula, e afirmou que o ex-presidente ainda não havia se posicionado contra o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Pedro Guimarães, que deixou o comando do banco após ser acusado por funcionárias de assédio sexual.
"Pela segunda vez nesta campanha, Lula deixa aflorar o machismo. Primeiro, não condenou o ex-presidente da Caixa acusado de assédio. E agora essa frase lamentável. Chega de violência contra mulher!", escreveu a senadora.
Defesa
No próprio sábado, depois do comício no Anhangabaú, o site oficial do ex-presidente publicou texto no qual destacava que "o histórico de agressões do presidente Jair Bolsonaro às mulheres é longo e de conhecimento público".
Anteontem, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, foi às redes sociais em defesa de Lula. Segundo a petista, Lula foi criticado por "uma frase mal colocada". "Ninguém duvida do compromisso histórico de Lula com as mulheres. No seu governo tivemos os maiores avanços. Criou o Ministério da Mulher, sancionou a Lei Maria da Penha e inúmeros programas tiveram titularidade para mulheres. É a prática que conta, e não uma frase mal colocada", escreveu a deputada.
Procurada pela reportagem, a assessoria do ex-presidente afirmou que "ele disse que é inaceitável bater em mulher". "A frase é clara", diz a nota.
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