Publicado 30/08/2022 10:39 | Atualizado 30/08/2022 11:05
O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) participa na manhã desta terça-feira, 30, do "Diálogos com Candidatos à Presidência da República" da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs). O pedetista começou sua fala dizendo que conflitos de agenda não são desculpas para "candidatos" fujões justificarem ausência aos eventos.
"Conflitos de agenda não é desculpa para candidatos fujões não participarem de um evento tão importante como esse especialmente diante da situação econômica e dos problemas do País", disse Ciro após ouvir que alguns candidatos negaram participação no evento da Unes desta terça-feira.
O ex-ministro também disse que, se eleito, não vai manipular a taxa de câmbio como outros governos, citando as gestões anteriores de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). Ciro disse que "ciclicamente, desde o Plano Real", o Brasil aumenta a taxa de juros para atrair dólares e, assim, fechar o balanço de pagamentos. "Meu governo tem o objetivo de não manipular artificialmente o câmbio", afirmou.
Ele respondia sobre a entrada de produtos importados ilegalmente no País. Ao subir a taxa de juros, o efeito, segundo Ciro, é a apreciação do Real, com o barateamento das importações.
Outra razão sobre o tema citada pelo candidato do PDT é a falta de funcionários suficientes da Polícia Federal e da Receita para fiscalizar e aplicar punições para enfrentar o problema do contrabando. "É preciso reestruturar a administração pública e punir", afirmou.
"Conflitos de agenda não é desculpa para candidatos fujões não participarem de um evento tão importante como esse especialmente diante da situação econômica e dos problemas do País", disse Ciro após ouvir que alguns candidatos negaram participação no evento da Unes desta terça-feira.
O ex-ministro também disse que, se eleito, não vai manipular a taxa de câmbio como outros governos, citando as gestões anteriores de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). Ciro disse que "ciclicamente, desde o Plano Real", o Brasil aumenta a taxa de juros para atrair dólares e, assim, fechar o balanço de pagamentos. "Meu governo tem o objetivo de não manipular artificialmente o câmbio", afirmou.
Ele respondia sobre a entrada de produtos importados ilegalmente no País. Ao subir a taxa de juros, o efeito, segundo Ciro, é a apreciação do Real, com o barateamento das importações.
Outra razão sobre o tema citada pelo candidato do PDT é a falta de funcionários suficientes da Polícia Federal e da Receita para fiscalizar e aplicar punições para enfrentar o problema do contrabando. "É preciso reestruturar a administração pública e punir", afirmou.
Ciro promete corte de 20% sobre renúncias fiscais
O candidato do PDT a presidente propôs o corte de 20% das renúncias fiscais concedidas pelo governo federal caso seja eleito. "Todo gasto desnecessário que não seja imperativo, vou fazer como o velho Tancredo, é proibido gastar, vou passar o pente fino", afirmou.
Ele criticou a inserção de itens na Cesta Básica para não pagar PIS/Cofins. "Salmão, queijo suíço, filé mignon. Dá R$ 8 bilhões de renúncia fiscal", disse. No ano passado, a renúncia de impostos totalizou R$ 350 bilhões, segundo o candidato. "Com 20% de corte, são R$ 70 bilhões e acaba o déficit primário", completou.
Desenvolvimento
O candidato frisa que tem um projeto que endereça as soluções para o desenvolvimento nacional. Ciro fez tal afirmação ao responder pergunta sobre qual seria sua proposta para melhorar o ambiente de negócios no País por um dos participantes do evento. "Tenho proposto um projeto de desenvolvimento nacional. Projeto é um plano estratégico com começo, meio e fim, com divisão de tarefas e divisão de institucionalidades. Nenhum outro candidato no Brasil sabe para onde o Brasil vai do ponto de vista tecnológico", disse.
Para Ciro, melhorar o ambiente de negócios no Brasil passa por fazer uma reforma tributária que colide com interesses de Estados. Mas essa melhora, de acordo com o candidato do PDT passa também pela retomada do crescimento.
Entretanto, ele tergiversou ao ser perguntado sobre qual a sua proposta para assegurar os avanços da reforma trabalhista. Disse que aumentará a faixa de renda do trabalhador porque do ponto de vista da economia, é a massa de salários que dará a dimensão de escala.
"Eu irei alargar a faixa de renda do trabalho porque com isso direi onde a dinâmica da economia vai estar", disse, acrescentando que quer um novo código do trabalho já que a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) não compreende a realidade do mercado de trabalho.
Segundo Ciro, o objetivo nunca foi o equilíbrio das contas públicas, mas a transferência de recursos ao rentismo. "R$ 500 bilhões foram as contas de juros nos últimos 12 meses", disse, acrescentando que uma de suas propostas para melhorar o ambiente de negócios é simplificar o arcabouço tributário, reduzindo os seis impostos brasileiros em um, no IVA, e passando a cobrar o IVA no destino, em vez de cobrá-lo na origem.
Para Ciro, é "mentirosa" a ideia de que a individualidade é que vai resolver a questão trabalhista no Brasil. Para ele, a solução passa por uma ação de governo no sentido de reduzir a taxa de juros, que tem tirado dinheiro e poder de compra das pessoas.
O candidato voltou a afirmar que o juro do crédito no Brasil é muito alto e encarece o financiamento e que isso decorre de uma política e não de um fato isolado. Voltou a criticar os bancos alegando que no Brasil há cinco grandes instituições financeiras e que os quatro mais lucrativos do mundo são brasileiros.
Educação
Na educação, segundo Ciro, o Brasil é o pior do ponto de vista do Pisa e em operações básicas de matemática. De acordo com ele, a ideia é transformar o Brasil em um Portugal - país mais pobre da Europa Ocidental - em 30 anos.
"A orçamentação disso não passa por mentiras deslavadas de alguns candidatos que por aqui passaram. Os Estados hoje estão quebrados, ilíquidos e não podem mover um centavo de seus recursos. Eu vou consolidar a dívida dos Estados, de R$ 600 bilhões", disse.
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