Jair Bolsonaro (PL) fez críticas ao TSE ao ser questionado sobre a proibição do uso de celulares na hora de votar nas eleições.AFP
Publicado 02/09/2022 16:26
O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez críticas nesta sexta-feira, 2, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao ser questionado sobre a proibição do uso de celulares na hora de votar nas eleições, o candidato à reeleição disse que a Corte tem tomado decisões que só o prejudicam. As declarações foram dadas em visita à Expointer, maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina, em Esteio (RS).

"No meu entender, é mais um abuso do TSE. Eles estão tomando várias medidas, sempre prejudica o nosso lado. Lamentavelmente, o TSE tem agido dessa maneira", declarou Bolsonaro a jornalistas "Espero que o povo vá votar, participe. Eu não acredito em pesquisas, como Datafolha que falou ontem que vai ter segundo turno. Não vai ter. A gente vai ganhar no primeiro turno", emendou o chefe do Executivo.

Em 25 de agosto, o TSE decidiu que mesários podem reter celulares dos eleitores no momento do voto para garantir o sigilo. O uso de equipamentos eletrônicos na cabine de votação é proibido por lei. No mesmo dia, Bolsonaro reagiu no Twitter. "Honrar a Constituição, em especial direitos e garantias fundamentais, é o que diferencia DEMOCRATAS de DEMAGOGOS", escreveu o chefe do Executivo, na ocasião.

O Tribunal também decidiu, por unanimidade, proibir o porte de armas a 100 metros das seções eleitorais e dos prédios da Justiça Eleitoral, em todo o País. A vedação valerá a partir de 48 horas antes da votação, no dia da eleição e também nas 24 horas seguintes, tanto no primeiro quanto no segundo turno.

As decisões ocorrem em meio ao temor de violência política nas eleições. Bolsonaro tem atacado de forma sistemática o sistema eleitoral brasileiro. Em julho, o presidente reuniu embaixadores no Palácio da Alvorada para lançar dúvidas sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas, sem apresentar provas. O episódio desencadeou um movimento em defesa da democracia no País, com manifestos que foram assinados por diversos setores da sociedade civil, incluindo empresários.
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