Publicado 09/09/2022 12:41 | Atualizado 09/09/2022 14:10
Um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) é suspeito de matar um eleitor de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a facadas após uma longa discussão sobre política na cidade de Confresa, em Mato Grosso. O caso ocorreu na última quarta-feira, 7, e é tratado como crime por motivação política pela polícia do Estado.
O defensor do presidente Jair Bolsonaro, Rafael Silva de Oliveira, 22 anos, matou a vítima, Benedito Cardoso dos Santos, de 44 anos, com golpes de faca e tentou decapitá-lo com um machado em seguida.
O delegado Igor Rafael Ferreira de Oliveira, da Delegacia Civil de Confresa, confirmou ao Estadão por telefone que o crime teve "motivação por um debate politico". "A motivação do crime foi um debate politico que envolvia os dois candidatos (Bolsonaro e Lula)", disse. "Não posso afirmar se foi intolerância politica, porque o que disponho até agora foi baseado na narrativa do criminoso. Só as investigações podem confirmar". O suspeito foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva. Ele responderá por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e cruel.
Benedito Cardoso dos Santos deu um soco no queixo de Rafael Silva de Oliveira por causa de opiniões políticas. Eles discutiam havia horas sobre esse assunto. Em resposta, Oliveira puxou uma faca e atingiu Benedito nos olhos, na testa e no pescoço. Em seguida, decapitou a vítima com um machado.
Oliveira foi preso após procurar atendimento médico nos arredores do local do crime. Ele estava com um corte na mão. A equipe do hospital acionou a polícia. O suspeito confessou ter matado Benedito por motivação política.
Em 10 de julho deste ano, um guarda municipal de Foz do Iguaçu foi assassinado em sua festa de aniversário por um apoiador do presidente Bolsonaro. Marcelo Arruda era tesoureiro do PT na cidade, e teve sua festa interrompida duas vezes por Jorge José da Rocha Guaranho. A decoração da celebração era inspirada em Lula e no PT. Na semana passada, um policial militar de folga atirou na perna de um fiel durante um culto da Congregação Cristã no Brasil em Goiânia, também por motivação política.
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